Justiça

Justiça arquiva denúncia contra centro para dependentes químicos

Centro terapêutico fica localizado no Jardim Veraneio. (Foto: Ana Paula Oshiro) Centro terapêutico fica localizado no Jardim Veraneio. (Foto: Ana Paula Oshiro)

Capital

Centro Terapêutico Resgatando e Conquistando Vidas regularizou atividades

A denúncia contra o Centro Terapêutico Resgatando e Conquistando Vidas, que acolhe dependentes químicos em Campo Grande, foi arquivada pelo juiz da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Ariovaldo Nantes Corrêa.

“No caso em exame, após a propositura da ação ocorreu um fato novo que influi no julgamento e que se revela na regularização das atividades do requerido Centro Terapêutico Resgatando e Conquistando Vidas, o qual adotou as providências necessárias para sanar as irregularidades anteriormente constatadas, inclusive com a obtenção de licença sanitária e alvará de localização e funcionamento”, afirma o magistrado.

A defesa do centro terapêutico anexou relatórios sobre as mudanças no espaço, localizado no Jardim Veraneio. Como instalação de forro, telas de proteção, cartazes, extintores de incêndio e reformas das salas de jogos e de manipulação de alimentos.

Em abril de 2019, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) recebeu denúncia de que os internos eram coagidos a trabalhar. Seria obrigatório repasse de 30% do valor ganho com o trabalho para o presidente da comunidade, no caso, o pastor Joelson Xavier Gomes.

Segundo o denunciante, a comunidade acolhia 80 pessoas. Do total, 60 saíam para trabalhar.

No mês de dezembro,  em entrevista ao Campo Grande News, o pastor declarou que a denúncia foi inventada por um dependente químico que passou por lá.

Para contrapor ao relato, a defesa anexou cartas de agradecimento de ex-dependentes e familiares. Um deles relata que ficou oito meses no centro terapêutico e que permanece há sete anos livre das drogas. No curso do processo, o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) chegou a ordenar a interdição do local.

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