Um #Ataque químico ocorrido nesta terça-feira (4) na cidade síria de Khan Sheikhoun (província de Idlib), causou a morte de dezenas de pessoas e deixou outras centenas sofrendo de sintomas de intoxicação, tais como falta de ar e convulsões. Segundo a organização Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede no Reino Unido, pelo menos 58 vítimas – das quais 11 eram crianças – acabaram morrendo por terem entrado em contato com um agente químico letal, que os Estados Unidos acreditam ser gás sarin – um composto sem cheiro e sem cor que age diretamente no sistema nervoso.
A Casa Branca acusou o governo de Bashar al-Assad pelo ataque ao seu próprio povo, que aconteceu em território ocupado por sírios que se opõem à atual administração daquele país. Um fato que sustenta essa hipótese é o relato de testemunhas que afirmam ter visto jatos Sukhoi (modelo usado pela Síria e pela Rússia) lançando os mísseis que carregavam o agente químico.
Rebatendo a acusação, o exército sírio emitiu um comunicado afirmando que não lançou "qualquer material químico ou tóxico na cidade de Khan Sheikoun", e alegou que nunca usou ou usará tal tipo de arma. Entretanto, a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) e a ONU realizaram investigações em anos anteriores onde foi descoberto que agentes tóxicos, tais como gases de cloro e enxofre, já foram usados na #Guerra Civil que assola a Síria desde 2011.
**"Fraqueza" de Obama
Em uma declaração, o presidente Donald Trump afirmou que Barack Obama também tem culpa pelo recente ataque na Síria, afirmando que seu antecessor mostrou "fraqueza" ao não reagir duramente contra um incidente semelhante ocorrido no ano de 2013 em Ghouta (subúrbio de Damasco), onde centenas de civis morreram ao entrar em contato com gás sarin.
Além desta acusação, o secretário de Estado americano Rex Tillerson também atribuiu "responsabilidade moral" pelas mortes de cidadãos sírios à Rússia e ao Irã, países aliados de Assad.
**Cenas de caos
Em vídeos feitos pouco tempo após o ataque é possível testemunhar cenas de caos, onde várias pessoas são vistas deitadas no chão, sofrendo com os efeitos colaterais causados pelo agente químico lançado sobre a cidade de Khan Sheikhoun. Além disso, podem-se ver médicos e voluntários usando água para tentar remover o composto letal dos corpos das vítimas.
O chefe da autoridade de saúde de Idlib, Mounzer Khalil, declarou em uma conferência que os hospitais da província estão superlotados de civis afetados pelo gás tóxico.
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