A cidade de Nova York, nos Estados Unidos, foi palco de um ataque nesta terça-feira (31) que deixou 8 mortos e 11 feridos. O prefeito, Bill de Blasio, disse que foi um ato de terror. O Itamaraty informa que não há brasileiros entre as vítimas.
Informações preliminares identificam o suspeito como imigrante do Uzbequistão. Segundo a CNN, o homem teria deixado um bilhete no caminhão, alegando que o ataque foi feito em nome do Estado Islâmico.
Como foi o ataque?
Segundo o relato da polícia de NY, o ataque teve início às 15h05 (17h05 em Brasília), quando um homem de 29 anos, dirigindo um caminhão alugado, invadiu uma ciclovia e caminho para pedestres em West Street/Houston Street.
Após atropelar diversas pessoas, ele bateu o veículo com um ônibus escolar e então saiu do caminhão com duas armas. Foi então que um policial atirou e o motorista foi baleado na barriga. No local foram recuperadas duas armas: uma de ar comprimido e uma usada para paintball.
O governador de NY, Andrew Cuomo, diz que não há evidências que sugiram um plano maior e que o autor do ataque agiu sozinho, segundo as investigações iniciais.
Quem são as vítimas?
O Ministério de Relações Exteriores da Argentina informou que cinco argentinos estão entre os 8 mortos no atentado. As vítimas teriam entre 45 e 50 anos e faziam parte de um grupo de amigos que estudaram juntos e comemoravam 30 anos da conclusão do curso no Colégio Politécnico de Rosario.
Uma belga também está entre os mortos no ataque, segundo a chancelaria da Bélgica. A mulher seria de Roulers e estaria nos EUA com sua irmã e sua mãe. Três belgas também estão entre os feridos.
O Itamaraty informou que não há brasileiros entre as vítimas e que o Consulado do Brasil em Nova York não recebeu nenhum pedido de assistência.
Quem é o suspeito?
Fontes da rede ABC disseram que o suspeito foi identificado como Sayfullo Saipov, de 29 anos, um imigrante do Uzbequistão, de Tampa, na Flórida. Segundo a CNN, Saipov foi um motorista do Uber por seis meses em New Jersey. A empresa estaria colaborando com as investigações.
Autoridades encontraram um bilhete, escrito em inglês, no caminhão usado para o ataque. A nota dizia que o ataque teria sido feito em nome do Estado Islâmico. As informações são da CNN.
Quantas pessoas foram afetadas?
Das pessoas atropeladas, seis morreram no local e duas foram pronunciadas mortas ao chegarem a um hospital. Onze pessoas foram socorridas com ferimentos graves, mas nenhuma delas corre risco de vida. A polícia acredita que outras pessoas possam ter sofrido ferimentos leves e deixado o local por conta própria.
Qual a motivação?
O caso é tratado como um ato terrorista. O comissário de polícia James P. O'Neill confirmou que o motorista fez uma declaração ao sair do veículo. Testemunhas dizem que ele falou "Deus é grande" em árabe. Há algum grupo extremista envolvido?
Nenhum grupo reivindicou o ataque e a polícia não associou o suspeito a nenhum grupo. Apesar disso, o presidente Donald Trump disse pelo Twitter que o Estado Islâmico "voltar ou entrar" nos EUA, após "combatê-los no Oriente Médio e em todos os outros lugares".
Especialistas como Rita Katz, diretora do SITE Intel Group, dizem que o ato tem características de outros ataques promovidos por simpatizantes do Estado Islâmico com veículos alugados.
Como os Estados Unidos reagiram?
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump pediu que se "endureça" os vetos a cidadãos estrangeiros depois de ser divulgado que o autor do atentado é um imigrante do Uzbequistão.
"Acabo de ordenar ao (Departamento de) Segurança Nacional que endureça nosso programa de vetos, que já é extremo. Ser politicamente correto é bom, mas não para isto!", afirmou o presidente, através de uma mensagem no Twitter.
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