Tudo começou normalmente: o designer Nick Crawford, de 23 anos, conheceu uma jovem num aplicativo de paquera, e os dois, moradores de Nova York (EUA), resolveram dar o próximo passo: marcar um encontro.
O encontro aconteceu em 7 de março em um bar, quatro dias antes de a Organização Mundial de Saúde classificar a Covid-19 como pandemia mundial.
"Adorei o sorriso e os olhos dela", disse Nick ao site "Market Watch", omitindo o nome da jovem.
À época os americanos não estavam tão preocupados, e o presidente Donald Trump não tinha decretado medidas emergenciais contra a pandemia. Reuniões de grande número de pessoas e eventos esportivos ainda eram autorizados. Um encontro a dois parecia livre de qualquer risco.
Nick só não tinha a menor ideia do que estava por vir. Os dois acabaram infectados pelo coronavírus.
Logo após o primeiro encontro, Nick começou a sentir sintomas que pareciam ser de gripe. Foi a uma clínica em Nova York. Lá, um exame descartou influenza. Mas o médico se recusou a testar Nick para coronavírus, alegando ter poucos testes disponíveis e que o jovem não estava no "grupo de risco".
O médico disse apenas para Nick ficar de quarentena pois, provavelmente, estivesse com o coronavírus. Pouco depois veio a informação de que um amigo de Nick, que estivera no bar com o casal, tinha dado positivo para o coronavírus.
A confirmação de Nick e da jovem não tardou. A história romântica atravessada pelo coronavírus ganhou um capítulo inesperado: os dois ficaram juntos de quarentena.
Após a quarentena, os dois continuam se vendo. Nick destá otimista quanto ao futuro da relação.
"Provavelmente vou contar aos meus netos a história de como nos conhecemos", disse ele.
Nas últimas 24 horas, os EUA registraram mais 1.169 mortes por coronavírus (o registro mais alto em apenas um dia em todo o mundo), levando o número de obitos no país a mais de 6 mil. O mundo já tem mais de 1 milhão de casos de Covid-19, com mais de 53 mil mortos.
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