Apesar de a África estar sentindo os impactos do novo coronavírus com menos velocidade que Ásia e Europa, o continente já começa a ter um impactante número de pessoas com Covid-19. Segundo a agência de notícias Reuters, há mais de 830 casos, registrados em 42 das 54 nações africanas. Entre as autoridades locais, já há uma grande preocupação com a habilidade em lidar com um surto sem a quantidade de instalações médicas necessárias.
A maioria dos doentes na África são estrangeiros ou pessoas que retornaram do exterior. Em Angola, os dois primeiros positivos vêm de cidadãos angolanos que voltaram de Portugal em 17 e 19 de março, afirmou a ministra da Saúde, Silvia Lutucuta, em uma entrevista coletiva no último sábado (21).
A Nigéria, nação mais populosa do continente, teve, no último sábado, 10 novos casos, incluindo os primeiros três na capital Abuja, chegando a 22. O país, inclusive, fechou seus aeroportos para voos internacionais por um mês. A primeira notificação local aconteceu há três semanas e, segundo autoridades de saúde, o paciente, que esteve na Itália, já pode ter alta hospitalar.
A África do Sul confirmou 38 novas infecções, levando o total a 240, tornando-se o país subsaariano com mais casos. O Zimbábue relatou sua primeira infecção na última sexta-feira e a segunda no sábado, enquanto as Ilhas Maurício, com 14, registraram a primeira morte, a de uma pessoa que havia viajado para a Bélgica.
Muitos países já fecharam suas fronteiras, escolas e universidades e proibiram grandes aglomerações de público para limitar a disseminação do vírus, que já infectou mais de 300 mil pessoas no mundo e causou cerca de 13 mil mortes, segundo contagem da "BBC".
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