Enquanto no pregão desta quarta-feira o dólar chegou a R$ 3, quem vai viajar e procura as casas de câmbio para comprar a moeda americana encontra cotação bem superior. Na Corretora Cotação, a divisa custa R$ 3,33 quando o viajante carrega um cartão pré-pago, o chamado de travel money. Se for comprar o dinheiro em espécie, o valor é um pouco menor, R$ 3,17.
Já na TOV e na Ultramar, o valor para o cartão pré-pago é R$ 3,29. Mas, na primeira, o dólar sai por R$ 3,14 quando em papel moeda, ao passo que, na segunda, a divisa está cotada a R$ 3,09.
No Banco do Brasil, ao carregar o cartão pré-pago, o consumidor pagará R$ 3,18 por dólar, enquanto gasta R$ 3,08 pela moeda em espécie. No Bradesco, os valores são de R$ 3,29 e R$ 3,14, respectivamente.
Entre os motivos para a forte alta do dólar nesta quarta-feira está a incerteza dos investidores quanto às medidas de ajuste fiscal do governo. Além disso, analistas veem uma deterioração nas relações entre o governo Dilma e o Congresso Nacional, o que pode causar uma paralisia nos trabalhos legislativo.
A tensão política e a demora em realizar os ajustes fiscais podem colocar em risco o grau de investimento do Brasil. Para piorar o clima de incerteza, os integrantes da agência de classificação de risco Standard & Poor's irão se reunir nessa quarta-feira com representantes dos ministérios da Fazenda e Planejamento.
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