Sorria, isso pode salvar a sua vida. Essa pode parecer mais uma frase clichê de livros de autoajuda, mas, agora, dizer que "sorrir faz bem para a saúde" tem respaldo científico. De acordo com um novo estudo britânico, o bom humor pode ter influência direta no sistema imunológico do ser humano e ajudar a combater doenças, como a gripe.
A pesquisa mostrou que pessoas que estão felizes no dia em que recebem a vacina anual contra a gripe desenvolvem defesas de anticorpos mais fortes do que pacientes que simplesmente se sentem bem. Segundo os pesquisadores da Universidade de Nottingham, que chegaram à conclusão de que sorrir pode ter efeito positivo, é preciso que a pessoa se sinta felizes no dia em que recebeu a vacina e não apenas no momento em que ela foi aplicada.
Em outras análises anteriores, os cientistas já avaliaram quais os danos que as emoções negativas provocam no organismo humano. Estar chateado ou deprimido pode aumentar significativamente o risco de hipertensão arterial e doenças cardiovasculares, por exemplo.
Nesse trabalho, os hábitos de vida positivos foram largamente ignorados nas comparações. Mas, evidências emergentes sugerem que ser positivo pode aumentar a qualidade de vida e saúde de várias maneiras.
Sorrir pode combater a gripe
Kavita Vedhara, professora de psicologia da saúde que liderou o estudo da Universidade de Nottingham, examinou anteriormente como o estresse pode prejudicar o sistema de defesa, especificamente em pessoas que estão sob estresse significativo pelo fato de cuidar de seus entes queridos. "Descobrimos que eles ficaram piores do que o normal quando receberam vacinas contra a gripe, produzindo menos anticorpos contra o vírus", declarou ela.
A explicação é porque as vacinas contêm uma versão inativa de um vírus que treina o sistema imunológico para reconhecer o vírus vivo e atacá-lo. Quanto mais anticorpos são produzidos, mais poderosa será a defesa contra a infecção.
Para realizar essa pesquisa, a equipe de pesquisadores examinou um grupo de 138 adultos entre 65 e 85 anos, e mediu seus estados emocionais durante um período de seis semanas.
Os resultados vieram como uma completa surpresa. "Esperávamos encontrar vários fatores capazes de melhorar a resposta dos anticorpos humanos à vacinação. Só não achávamos que seria apenas um único fator, o de ter um humor positivo", disse a professora.
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