Investigação apontou que homem matou esposa após descobrir traição; o corpo dela nunca foi encontrado
Rômulo Rodrigues Dias, 34 anos, senta no banco dos réus nesta sexta-feira (11), acusado de matar e esconder o corpo da esposa, Graziela Pinheiro Rubiano, 36 anos, em abril de 2020. O corpo da mulher nunca foi encontrado pela polícia e mesmo com vestígios de sangue na residência e no carro do casal, Rômulo nega o crime até hoje.
O julgamento é presidido pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri. Cinco homens e duas mulheres compõem o corpo de jurados. A acusação arrolou três testemunhas, já a defesa, cinco.
Rômulo está preso desde o dia 19 de abril de 2020. Ele tentou algumas vezes a liberdade provisória, mas teve os pedidos negados pela Justiça. Em outubro de 2021, tentou se livrar de ir a júri popular, mas o pedido também foi barrado pelo juiz.
O crime ocorreu no início do mês de abril de 2020. O desaparecimento da vítima foi notado pelas amigas, que indagaram ao acusado sobre o paradeiro da mulher. Rômulo desconversou, sustentando que a vítima teria ido embora para o Paraná e, em outra ocasião, que teria ido morar com outra mulher.
Diante das explicações pouco convincentes, as amigas registraram boletim de ocorrência de desaparecimento. A Polícia Civil, através da DEH (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Homicídio), iniciou investigação e fez várias buscas à Graziela, mas até hoje, o corpo não foi encontrado.
Rômulo nunca assumiu o crime, porém para a investigação, ele a matou depois de descobrir o relacionamento da esposa com um companheiro de trabalho dos dois. O casamento entre eles foi definido por pessoas próximas dela como tumultuado, a ponto dele dopá-la para usar as digitais dela na liberação do celular, com o intuito de vasculhar o conteúdo.
Durante a investigação, a polícia encontrou mancha de sangue da vítima no carro usado por Rômulo, atestada como compatível com o DNA de Grazi, a partir de amostra de sangue da filha dela. Na casa onde viviam, foi detectado vestígio de sangue, mas como o lugar foi lavado, não foi possível identificar de quem era o material genético.
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