Além da acusação do assassinato do boliviano Alfredo Rangel Weber, ocorrido dentro de uma ambulância, no dia 23 de fevereiro deste ano, investigações também apontam que o delegado da Deaji (Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e do Idoso), Fernando Araújo da Cruz, preso desde o dia 29 de março tinha ligações com o narcotráfico.
Informações obtidas pelo site Midiamax indicam que Fernando e a esposa dele Silvia Aguilera estariam em contato com Fernando Limpias, que já havia trabalhado para Adair José Belo conhecido como ‘Belo’ e para Sérgio de Arruda Quintiliano, o Minotauro, que foi preso em Santa Catarina, no dia 4 de abril.
Fernando Limpias estaria comprando fazendas, com pista de pouso, na Bolívia para o transporte de drogas e estava à procura de ‘parcerias’. Silvia, então, teria oferecido a ‘parceira’ através da logística de reabastecimento dos aviões. Nas conversas com o traficante é perceptível o domínio do assunto tanto pelo delegado como por sua mulher. A defesa do delegado nega as acusações sobre envolvimento com o tráfico de drogas.
Eles sugeriram terras para serem compradas, que não levantassem suspeitas da polícia. Mas, vale lembrar que o comandante departamental de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, Gonçalo Felipe Medina Sanchez, foi preso por envolvimento como narcotraficante, Pedro Montenegro Paz, juntamente com outros integrantes da polícia, em um esquema de tráfico internacional de drogas que envolvia a exportação de cocaína para a Colômbia e outros países da América Latina.
Antes de se casar com o delegado Fernando Araújo, Silvia mantinha relacionamento com Odacir Santos Côrrea, considerado ‘Barão da Coca’ preso durante a deflagração da Operação Nevada, em 2016. Odir Fernando dos Santos, irmão de Odacir também foi preso durante a operação.
‘Barões da Coca’
Os irmãos mantinham, segundo investigações, um avião para o tráfico de cocaína, uma mansão avaliada em mais de R$ 3 milhões na Rua Serra Nevada, em Campo Grande, e mais de 2 milhões de dólares em espécie quando foram presos. Também foram recolhidos 700 quilos de cocaína, dois revólveres calibre 38, munições 9mm e de fuzil calibre 5,56 mm.
A cocaína produzida na Bolívia chegava em Mato Grosso do Sul por avião e arremessavam a droga para fazendas de Porto Murtinho, onde comparsas pegavam a droga. A quadrilha envolvida no esquema movimentou R$ 14 milhões em quatro anos e mantinha vida de luxo. Para lavar o dinheiro do crime, os traficantes usavam revenda de carros de luxo na Capital.
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