A morte de Jhonatan Calegari da Silva, cujo corpo foi encontrado na manhã desta sexta-feira (7) já sem vida e com ferimentos na cabeça, marca o fim de um ciclo de violência amplamente documentado em notícias policiais na imprensa sul-mato-grossense.
Num intervalo de menos de cinco anos, entre setembro de 2015 e hoje, o jovem estampou destaques do noticiário como vítima de dois atentados a tiros, absolvição em júri ao qual foi submetido acusado de homicídio, e o próprio assassinato a pauladas. As suspeitas recaem sobre o cunhado.
Na tarde de 18 de setembro de 2015, a 94FM noticiava em primeira mão o socorro prestado pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) a um funcionário de prestador de serviços da Energisa baleado enquanto fazia manutenção nas dependências do Ceper do BNH 1º Plano. (relembre)
Era Jhonatan, à época com 24 anos. Abordado por dois homens que chegaram de moto, foi baleado ao menos cinco vezes com disparos de pistola calibre 380 e socorrido em estado grave para o Hospital da Vida. Já nas primeiras apurações, a polícia suspeitava de crime de vingança por causa de um homicídio ocorrido no passado, do qual ele era suspeito.
Fora do noticiário por alguns anos, Jhonatan foi submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri em 18 de julho de 2017. Contra ele e um familiar pesava a acusação de assassinar um homem para vingar, por sua vez, a morte de um tio. Conforme a sentença disponível no sistema de acompanhamento processual do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), os jurados absolveram os réus e o juiz do caso, César de Souza Lima, determinou expedição do alvará de soltura.
Mas não demorou até que Jhonatan Calegari da Silva voltasse ao noticiário policial. Já com 28 anos, foi baleado com três tiros na noite de 7 de agosto de 2018, no Jardim Flórida, e mesmo ferido conseguiu correr até uma igreja para pedir ajuda.
A 94FM noticiou aquele crime em que a vítima baleada nas costas, braço e perna precisou mais uma vez ser socorrida pelo Samu, desta vez em estado gravíssimo, e encaminhada ao mesmo Hospital da Vida que salvou sua vida em 2015. (clique aqui para relembrar)
Naquela oportunidade, a Polícia Militar apurou que Jhonatan conversava com um rapaz que estava em uma bicicleta, na Rua Ozório Nunes Siqueira, próximo do Centro de Educação Infantil Municipal Maria de Nazaré, quando os disparos foram realizados, por volta das 20h30.
Sobrevivente dos dois atentados, ocasiões em que levou ao menos oito tiros, foi encontrado morto às 11h de hoje em uma casa no Residencial Estrela Porã, em Dourados. A perícia apurou que a vítima recebeu golpes na cabeça aplicados com um pedaço de madeira. O suspeito é um cunhado e o crime teria sido motivado por discussão familiar. (clique para saber mais)
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