Para os investigadores da Delegacia da Mulher de Dourados, Edson Aparecido de Oliveira Rosa, 35, teria premeditado o assassinato da ex-mulher, Yara Macedo dos Santos, 30, que morreu após ser baleada na nuca durante discussão com o acusado.
O crime aconteceu na tarde da última segunda-feira (25), quando Edson teria encontrado a vítima e o filho caminhando nas imediações do bairro Parque das Nações I, e ao querer tirar satisfações com a ex, disparou um tiro contra a cabeça de Yara.
Ela chegou a ser socorrida, mas acabou não resistindo aos ferimentos e morreu no Hospital da Vida deixando quatro filhos.
Em entrevista ao Dourados News a delegada responsável pelo caso, Paula Ribeiro, considerou que o crime tenha sido premeditado pelo acusado, pois há 15 dias ele teria comprado o revólver ilegalmente sob a justificativa de estar sendo ameaçado por um suposto namorado da mulher, o que para a delegada titular da Delegacia da Mulher de Dourados, não possui fundamentação sólida.
TESTEMUNHO DO FILHO — Para a investigadora, o testemunho do filho do casal, um adolescente de 14 anos que presenciou o atentado, é “bastante concreto” e revela que desde o dia em que Yara optou pela separação, Edson “direcionou a vida para cuidar dos passos da ex-mulher”.
O TÉRMINO — Segundo Paula, em depoimento aos investigadores Edson afirmou ter ficado “cego” diante da negativa de reatar o relacionamento, agredindo a ex-mulher com socos no rosto e na sequência atirou contra a vítima.
O casal estava separado desde o dia 30 de maio, quando a mãe de Yara teria procurado a Delegacia da Mulher solicitando atendimento, o que resultou na descoberta de outras ocorrências de violência. O casal teria sido conduzido até a unidade policial e ficado acordado o termo de medida protetiva contra o ex-marido.
Na data, Yara manifestou o desejo pela separação afirmando que teria sido agredida durante os 15 anos de relacionamento.
A PRISÃO — O autor foi preso na tarde de ontem (26) na Rodoviária de Sidrolândia, onde seguiria para o estado de Mato Grosso sob a expectativa de não mais retornar a Dourados. O fato chama a atenção da polícia, levando em consideração a frieza e o desapego aos quatro filhos já abalados pela perda da mãe.
CONDUÇÃO — Edson deverá ser encaminhado para a Penitenciária Estadual de Dourados (PED) ainda nesta quarta-feira (27) onde responderá por feminicídio com aumento da pena por ter praticado o atentado na frente do filho. Ele poderá pegar de 12 a 30 anos de reclusão.
Os investigadores têm 10 dias para concluir o inquérito e pessoas próximas da vítima deverão ser chamadas para prestar depoimento.
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