De acordo com o documento a qual o Dourados News teve acesso, o juiz Luiz Alberto de Moura Filho, da 1ª Vara Criminal de Dourados, mostra que o contrato entre Município e a referida empresa ocorreu no dia 30 de maio de 2017, quatro meses após o óbito da mãe do policial e contava com a assinatura de Maria.
A morte da mulher só foi constatada após o cumprimento das ordens judiciais no dia da nova fase da operação. O processo corre em segredo de Justiça.
“Acrescente-se que muito embora tenha sido decretada a prisão preventiva de Maria Madalena Godoes Almada, cujo óbito, ocorrido aos 30/01/2017, restou comprovado nos autos (fls. 33), certo é que o contrato celebrado entre a empresa L&A Eletrônicos Comercial e Refrigeração LTDA EPP restou firmado aos 30.05.2017 e assinado justamente por Maria Madalena, que à época já era falecida (fls. 125 dos autos nº 0900005/20.2019.8.12.0002), o que reforça a denunciada prática de ilegalidades pelos investigados”, aponta o magistrado para indeferir o pedido de liberdade por parte da defesa de Ademir.
Na terceira fase da Operação Pregão, que apura esquema de corrupção através de fraudes em processos licitatórios no Município de Dourados, outros três mandados de prisão foram cumpridos.
Além de Ademir, o tesoureiro da prefeitura, Jorge Rodrigues de Castro, o ex-secretário de Fazenda, João Fava Neto e o ex-chefe de licitações do município, Anilton Garcia de Souza, esses dois últimos presos também na primeira fase da Pregão, foram alvos da ação.
Fases
A Operação Pregão foi desencadeada pela primeira vez no dia 31 de outubro de 2018. Na ocasião, o ex-secretário de Fazenda, João Fava Neto, a vereadora afastada e ex-secretária de Educação, Denize Portollan (PR), servidores públicos e empresários acabaram presos.
Já a segunda fase mirou o ex-contador da prefeitura, Rosenildo França e a mulher dele.
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