A Justiça mandou soltar Giovana Franco Dias, de 25 anos, presa no sábado (22) por suspeita de tráfico de drogas e de alterar a cena onde sua amiga, Maiara Freitas Mattoso, de 21 anos, foi encontrada morta no final da manhã daquela mesma data em uma casa no Jardim Pelicano, em Dourados. Essa decisão que concedeu a liberdade provisória foi tomada no dia seguinte, pelo juiz Caio Márcio de Brito, que estava no plantão de domingo (23) da 2ª Região do Poder Judiciário.
Embora tenha homologado o auto de prisão em flagrante, o magistrado considerou não ser “o caso de conversão em prisão preventiva, já que a autuada é primária, apresentou comprovante de residência fixa, além dos fatos serem controversos em relação à prática do crime de tráfico de drogas”.
“Desta forma, não se vislumbra qualquer pressuposto para a prisão preventiva, mais precisamente a necessidade de se garantir a ordem pública, conveniência da instrução processual ou sua necessidade para aplicação da lei penal”, pontuou o juiz, que determinou a expedição de alvará de soltura.
O magistrado considerou que “a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão” são suficientes. Entre elas: “proibição de se ausentar da comarca por mais de 8 (oito) dias e alterar seu endereço sem autorização judicial; proibição de frequentar bares, boates, casas de prostituição ou similares, bem como locais que tenham como atividade a venda de bebidas alcoólicas; comparecimento mensal em juízo para justificar suas atividades”.
Conforme já revelado pela 94FM, a prisão ocorreu depois que a Polícia Civil encontrou no local da morte, uma casa Rua Francisco Luiz Viegas, Jardim Pelicano, três porções de maconha, papel para embalar drogas e bitucas de cigarro de maconha. A delegada Paula Ribeiro apontou que Giovana teria alterado a cena do crime.
Foi Giovana quem encontrou Maiara morta, por volta das 11h, em cima da cama, na residência onde moravam. A Perícia técnica constatou que a vítima foi morta por esganadura e agredida com vários socos no rosto.
À polícia, Giovana contou que chegou em casa às 9h, abriu a porta do quarto de Maiara, e como percebeu o ar condicionado ligado e a amiga com o corpo coberto, achou que ela estivesse dormindo.
Informou ainda ter ido dormir no sofá da sala e que por volta das 11h recebeu uma ligação de uma mulher, dona de um salão de beleza que perguntava de Maiara, pois a vítima havia marcado um horário no salão e não apareceu. Giovana disse à polícia que foi até o quarto para acordar a amiga e percebeu sangue, e que ela estava morta. (Colaborou Sidnei Lemos, o repórter Bronka da 94FM)
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