Investigação

Justiça nega prisão, mas manda colocar tornozeleira em André Puccinelli

A Polícia Federal cumpre desde as 6h da manhã desta quinta-feira (11) ordens judiciais de busca, apreensão e prisão em diversos endereços de Campo Grande. Um dos mandatos ocorre no apartamento de André Puccinelli (PMDB), supostamente por crime de lavagem de dinheiro. Informações preliminares são de que a Justiça Federal teria negado a prisão de Puccinelli, mas teria mandado colocar no ex-governador uma tornozeleira eletrônica.

O Jornal Midiamax apurou que os policiais passaram ainda na casa do filho do ex-governador, André Puccinelli Júnior, advogado e professor universitário. Ele deve ser conduzido coercitivamente para prestar depoimento na sede da Polícia Federal. As motivações dos pedidos estariam em uma investigação que envolve suspeitas de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito. Também estariam implicados na investigação que levou à operação desta quinta-feira o ex-secretário-adjunto de Fazenda, André Cance, Mauro Cavalli, ex-chefe de licitação da Secretaria de Meio Ambiente, em Campo Grande, ainda quando André Puccinelli era prefeito da cidade, entre 1997 e 2004, além do empresário Mirched Jafar Júnior, proprietário da Gráfica Alvorada.

Suspeitas de crime de lavagem de dinheiro também implicariam os dois, segundo informaçÕes preliminares apuradas pelo Midiamax. Cavalli, que em 1997 declarou à Receita Federal ter remuneração anual de R$ 40 mil, seis anos depois, em 2003, já era dono de patrimônio estimado em R$ 10 milhões.

Durante as investigações, descobriu-se que Cavalli, então ‘servidor’ de Puccinelli, teria emprestado R$ 350 mil ao ‘ex-patrão’.

Já o então dono da gráfica Alvorada, Mirched, recebeu R$ 13 milhões no fim da gestão de Puccinelli, em dezembro de 2014, para pagar impressões de livros didáticos. Há suspeitas de que o empresário vencia licitações sem competir e devolvia parte do dinheiro ao ex-governador. O ex-adjunto da Fazenda seria quem fazia as mediações dos negócios. (Colaborou Ludyney Moura)

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