A madrasta do bebê de um ano e meio, que morreu em casa por morte violenta, foi transferida da cadeia pública de Dourados para o presídio feminino de Corumbá. Na madrugada desta sexta-feira, Jéssica seguiu, sob escolta da Polícia Militar, para a cidade que faz fronteira com a Bolívia. Ontem, ela passou por exame de corpo de delito, exigência para a transferência para unidade prisional.
Conforme noticiado pelo DouradosAgora, o pai do menino, Joel, indiciado por maus tratos, segue preso no Presídio Estadual de Dourados. O juiz Cezar de Souza Lima, da 3ª Vara Criminal de Dourados, negou habeas corpus ao homem, por entender que a criança apresentava sinais no corpo, anteriores à morte que ocorreu no dia 16 de agosto deste ano, na casa do pai biológico, à Rua Presidente Kennedy, Jardim Márcia.
De acordo com o juiz, "a confissão de Jéssica [madrastra], a tentativa de sua genitora de enganar as pessoas que prestaram socorro à vítima ao informar que ela tinha se engasgado, eventual desespero do suspeito e declaração de que ele inicia sua atividade laboral às 6:30 horas, não são suficientes a afastar possível participação na prática do delito ou para revogar a segregação cautelar".
Mas, para os advogados de defesa, "a acusada emitiu novo depoimento à autoridade policial elucidando todos os pontos nebulosos e divergente que até então encontrava-se aos autos. Concluindo-se, portanto, a total ausência de participação [do pai do bebê], seja omissiva ou comissiva, no que diz respeito à trágica morte vítima".
Retrospectiva
A 2ª Delegacia de Polícia Civil de Dourados divulgou na tarde do dia 23 de agosto uma nota oficial em relação a conclusão do inquérito que apurou a morte do menino, ocorrida no dia 16 de agosto.
Após confessar as agressões, a madrasta foi indiciada naquela data, por maus tratos e homicídio qualificado. Já o pai da criança responde pelo crime de maus tratos, porque, segundo a polícia, laudos constataram que a criança ja vinha sofrendo agressões nos dias anteriores à morte.
A justiça já tinha decretado a prisão preventiva de Jéssica, 21 anos, e do pai de 24 anos, após laudo do IML (Instituto Médico Legal) constatar que o menino sofreu espancamento. O casal entrou em contradição sobre as informações, ao serem ouvidos pelo delegado Marcelo Batistela.
De acordo com informações policiais repassadas ao DouradosAgora em primeiro interrogatório, Jessica deixou de apresentar qualquer explicação para o ocorrido. Por outro lado, o pai do bebê alegou não estar em casa no momento da morte da criança, mas deixou de apresentar explicação pelas lesões antigas no bebê.
No entanto, exames periciais apontavam múltiplos hematomas de varias colorações diferentes, indicando terem sido provocadas em épocas distintas.
Ao ser ouvida novamente no dia 22, Jessica confessou as agressões. Alegou que estava passando por um momento desgastante na relação com o marido e estava muito estressada por ter que cuidar de duas crianças das quais ela não é mãe.
A mulher relatou que o menino estava chorando com prisão de ventre, ela começou a apertar a barriga dele com a mão, depois pisou na barriga do menino e também nas costas. A informação é da polícia, com base no depoimento da própria Jéssica.
Ainda de acordo com a nota da Polícia Civil, distribuída à imprensa, ela matou por motivo fútil e de uma forma que impossibilitou a defesa da vítima.
Informações ou denúncias que possam ajudar o trabalho policial, devem ser repassadas pelos telefones: Polícia Militar: 190; Polícia Rodoviária Federal: 191; Polícia Militar Rodoviária Estadual (PMRE): 3421.0014; SIG: 3411.8080; DOF: 3411.8080; Defron: 3410.4800 e 3410.4800; Polícia Federal: 3410.1700 e 3420.1757; Polícia Civil - 1º Distrito Policial: 3411.8060; Polícia Civil, 2º Distrito Policial: 3424.6911 e 3424.5633; Guarda Municipal: 199; Polícia Militar Ambiental (PMA): 3357-1500– 9905-7763 - vivo – WhatsApp/ 9106-8628 - Claro / 8171-4270 - (Tim)/ 8475-0553 (Oi).
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