Policial

Mãe de paciente e médica que se agrediram em UPA foram autuadas por lesão corporal

O caso de agressão envolvendo uma mulher de 46 anos, mãe de paciente, e uma médica de 33 anos na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon, resultou na autuação das duas por lesão corporal. Elas foram ouvidas na delegacia para darem as versões sobre o caso.

A mãe da paciente afirmou na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga que chegou ao posto de saúde às 13 horas com a filha e até as 16h30 ainda não tinha sido atendida. Ela afirma que foi falar com a médica para saber o que estava acontecendo, por ter visto várias outras pessoas serem atendidas, ficando apenas a filha dela e outra paciente aguardando.

A mulher relata que foi rebatida pela médica, que teria dito não ter esquecido de atender qualquer paciente. Segundo a mãe, passado mais algum tempo, outro grupo de pacientes foi atendido e então ela foi novamente questionar a médica, que disse para ela aguardar que atenderia a filha dela, pois ela supostamente já teria sido chamada, mas não ouviu.

Depois de aguardar mais de quatro horas pelo atendimento, a mulher afirmou que não se ausentou do local, portanto teria escutado se fosse chamada. Ela foi até a Assistência Social, onde foi orientada a aguardar pelo atendimento. Quando ela foi chamada pela médica, disse com ironia "poxa doutora, esqueceu de atender minha filha".

Conforme a mulher, neste momento a médica se alterou e disse que não atenderia mais a paciente. Ela ainda disse que tentou acalmar a médica, mas foi atingida com um golpe na cabeça com algum instrumento do consultório e revidou a agressão.

Já a médica disse na delegacia que pegou as fichas de atendimento de todos os pacientes e que havia várias fichas de pacientes que foram chamados mas desistiram ou não compareceram. Segundo ela, a mulher de 46 anos a abordou questionando o atendimento e ela disse que a ficha da filha dela estava com as dos pacientes que não compareceram quando foram chamados.

A médica afirma ter dito para a mãe aguardar que a chamaria novamente e o fez, alguns minutos depois, quando a mãe da paciente teria se alterado e chamado a atenção dela. A médica da UPA afirma ter pedido para a mulher abaixar o tom de voz, caso contrário não continuaria com o atendimento, quando a mãe teria dado um soco na mesa, dizendo "você vai atender minha filha sim".

Por fim, segundo a médica, como já tinha sido agredida na UPA em outra ocasião, se levantou para sair da sala, quando a mulher a teria agredido e esbarrado em vários objetos do consultório, derrubando no chão e ainda dando uma unhada no rosto dela. Uma equipe de enfermeiros separou a briga e as duas foram encaminhadas para a delegacia por guardas municipais.

Mãe da paciente e médica responderão por lesão corporal recíprocas e a mulher de 46 anos ainda deve responder por desacato.

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