A Corregedoria da Polícia Militar, junto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), prenderam mais oito pessoas por suposto envolvimento com a máfia dos cigarros, nesta quarta-feira (13).
Nenhum dos envolvidos possui patente de oficial e, entre os presos, está o irmão de um tenente coronel, também preso no dia 16 de maio. Na ocasião, foram cumpridos 20 mandados de prisão e 45 mandados de busca e apreensão contra os servidores suspeitos de corrupção, na capital e em 15 cidades do interior.
Esta é a terceira fase da operação, que teve todos os pedidos de prisão deferidos pela Justiça.
Contrabandos
Em quase um ano de investigação, o Gaeco descobriu que a organização criminosa composta por esses policiais, incluindo Oficiais, atuava principalmente na facilitação de contrabando de cigarros. Eles agiam em Campo Grande e em regiões de fronteira com o Paraguai e a Bolívia. Ao todo, mais de 125 policiais saíram para cumprir os mandados expedidos pelo Juízo da Auditoria Militar.
Aumento de Patrimônio
Os mandados foram cumpridos nas residências, locais de trabalho e casas de parentes dos investigados. O Gaeco descobriu que alguns desses policiais tiveram um aumento de patrimônio muito grande em pouco tempo e que a organização criminosa sabia quando os carregamentos viriam para o Brasil. Os presos foram encaminhados ao presídio militar, no complexo penitenciário de Campo Grande.
A operação foi batizada de Oiketicus em alusão às lagartas desta espécie que constroem uma estrutura com seda e fragmentos vegetais que se parecem com um cigarro, e vai sendo ampliado com o crescimento do inseto.
Comentários