O ex-ministro da Saúde do governo Jair Bolsonaro (sem partido), Luiz Henrique Mandetta, não descarta deixar o Democratas após a aproximação da legenda com o presidente da República. A informação é do portal do jornal O Globo.
Deputado federal por Mato Grosso do Sul na última legislatura, Mandetta deixou a pasta em meio a desencontros com o mandatário brasileiro durante a pandemia do coronavírus.
Conforme o jornal carioca, o ex-titular da Saúde disse estar surpreso com a postura do presidente do partido, ACM Neto, que incluiu entre as opções para o pleito agendado para 2022, apoiar a reeleição de Bolsonaro.
Um encontro entre ambos deve ocorrer após o Carnaval.
Procurado pela reportagem do O Globo, o ex-ministro evitou falar sobre o assunto, mas criticou o comandante da sigla.
Além da possibilidade de apoio a Bolsonaro, o partido também avalia outras candidaturas, como do próprio Mandetta, João Doria (PSDB), o apresentador de TV Luciano Huck (sem partido) e Ciro Gomes (PDT).
“O DEM hoje não dá segurança de um projeto nacional a ninguém. A base do partido virou uma geleia. 'Posso estar com Doria, Bolsonaro, Mandetta, Huck ou Ciro'. Daqui a pouco até Lula vai aparecer como cotado para receber o apoio do partido (risos). Que interlocução política o DEM pode construir dessa forma? É preciso definir uma base de posicionamento”, disse em entrevista, publicada na página do jornal na internet.
Outro que também pode deixar o Democratas é o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. A insatisfação dele é pela forma como o partido atuou na eleição da presidência da Casa, que ficou com Arthur Lira (PP-AL).
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