A Polícia Civil de Três Lagoas, município localizado na região Leste do Estado, avalia se irá solicitar que o corpo de Tamires Vitória Silva dos Santos, morta aos quatro meses, seja exumado, para que sejam feitas análises para descobrir a causa da morte da vítima.
A família relatou ao site Campo Grande News que ela foi encontrada sem batimentos cardíacos e com sangue na boca, de madrugada, do dia 28 de janeiro. Os familiares alegam, inicialmente, que não foram feitos exames adequados para a identificação.
O titular do 3ª DP (Departamento de Polícia) do município, delegado Orlando Vicente Sacchi, confirmou nesta manhã que a família registrou boletim de ocorrência para investigar a causa da morte da criança e que o inquérito policial foi instaurado.
No entanto, o seguimento da investigação depende da consolidação de relatórios feitos pelos órgãos responsáveis. “Estamos no aguardo dos relatórios do Imol [Instituto de Medicina e Odontologia Legal] e do SVO [Serviço de Verificação de Óbito].”
Sacchi afirma que ofício poderá ser encaminhado ao Poder Judiciário, para que o cadáver seja retirado da cova, mas que a decisão ainda não foi tomada. “Após a chegada dos relatórios e de diligências, analisaremos a hipótese.”
A polícia informou que não foram identificados sinais de violência e que os laudos finais devem sair em até um mês.
O caso
A mãe da criança narrou que, ao encontrar a filha, que passava mal, acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e pediu ajuda a vizinhos. Tamires foi levada para unidade de pronto atendimento, onde foi constatada a morte em 28 de janeiro.
A investigação da causa da morte teve início com a prefeitura de Três Lagoas - a suspeita inicial é que tenha sido provocada após aplicação de vacina contra a poliomielite (paralisia infantil).
O pai de Tamires, Ronaldo Evangelista Leite dos Santos, de 49 anos, disse que pretende buscar a verdade relacionada a causa da morte, como forma de tentar se tranquilizar. Segundo ele, ela era ativa, bem cuidada e saudável e tinha feito todos os exames, do pezinho ao ouvido, e que nada anormal havia sido detectado até então.
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