A Polícia Civil não descarta que Rodrigo de Souza Martinez, 28, assassino confesso de Mayara Freitas Matoso, 21, tenha cometido ato sexual com ela já morta. As informações foram repassadas ao Dourados News pelo delegado do SIG (Setor de Investigações Gerais), Rodolfo Daltro, na manhã desta segunda-feira (1/10).
De acordo com ele, durante oitiva realizada no final de semana, o rapaz esboçou dizer algo a respeito da possibilidade da necrofilia – quando se mantem relação sexual com pessoa morta -, porém, se manteve em silêncio ao ser questionado.
“Chamou a atenção o fato de que, depois de morta, ele (Rodrigo) ter coberto as partes íntimas dela (Mayara) com tapete, levando a entender um sentimento de asco, de nojo do que teria feito. Em algumas conversas, esboçou dizer algo após perguntarmos sobre relação com ela morta, mas, pensou e se manteve em silêncio. Mas não se descarta essa ação”, disse o delegado confirmando o latrocínio.
As investigações também apontam que não houve a participação de uma terceira pessoa no crime, ocorrido na noite do dia 21 de setembro na casa onde ela residia, no Jardim Pelicano.
No dia seguinte ao assassinato, a amiga de Mayara, Giovana Franco Dias, 25, acabou presa suspeita por tráfico de drogas e alterar a cena do crime. Dois dias depois, a Justiça concedeu liberdade a ela e manteve o flagrante da polícia.
Após conversas com Rodrigo e depoimento de outras testemunhas, incluindo Giovana, Rodolfo Daltro descartou a hipótese.
“Não houve outra pessoa no crime, todos os elementos colhidos até agora não demonstram participação de terceiros, principalmente a Giovana. Até porque as atitudes tomadas por ela são totalmente incompatíveis com a de quem tivesse matado alguém”, contou.
Barbárie
Ainda conforme o delegado, Rodrigo tinha a intenção de matar Mayara desde que marcou o programa. O acusado confessou como cometeu o assassinato.
“Ele confessou a barbárie contra a vítima, foi ao encontro já com o intuito de cometer a ação, usou isso como pano de fundo para matar. Durante o ato sexual, desferiu um golpe mata leão na vítima que desmaiou. Em seguida a agrediu com socos, esganou e por fim a asfixiou com o travesseiro”, relatou Rodolfo Daltro.
Além do assassinato, Rodrigo levou da jovem dois aparelhos de telefone celular e a carteira dela com aproximadamente R$ 500.
O crime
Mayara foi morta em 21 de setembro, mas o corpo encontrado apenas na manhã do outro dia pela amiga, Giovana Franco Dias, 25, que divide a casa com ela.
No local a polícia encontrou porções de maconha e várias bitucas de cigarro do entorpecente pelo imóvel.
Mayara possuía sinais de agressão por todo o corpo.
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