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Policial “rouba” viatura e ao lado de preso faz ameaças no Aero Rancho

Campo Grande News

O policial civil Carlos Peterson Fernandes, 34 anos, foi preso na tarde ontem (2) depois de pegar uma viatura da Polícia Civil e sair pelas ruas do bairro Aero Rancho, na companhia de um acusado de homicídio, ameaçando a população. Os dois apontavam armas de fogo para as pessoas.

Segundo nota divulgada pela Polícia Civil, a dupla estava em um Renault Logan de cor preta e ameaçava com armas as pessoas na rua. Embora não estivesse de plantão no sábado, o investigador pegou a viatura da 7ª Delegacia de Polícia da Capital, onde é lotado, sem autorização.

Na direção do veículo estava Ryan Douglas Wehner Vieira, 21 anos, preso e custodiado na 7ª DP desde que foi autuado em flagrante por homicídio doloso, no dia 31 de março. Ele partiu em fuga assim que viu o carro da Polícia Militar

Após a prisão, ambos foram encaminhados à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga, onde foi lavrado o flagrante. O policial foi preso e responderá pelos crimes de desobediência, ameaça, desacato, peculato e por entregar veículo a pessoa não habilitada.

De acordo com o delegado Paulo Sá, plantonista na Depac no sábado, não será arbitrada fiança, impedindo que investigador responda as acusações em liberdade. O delegado ainda afirmou que a conduta profissional de Carlos Peterson será apurada pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil.

Os acusados foram presos por policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) e da Polícia Militar.

Racha e assassinato – Ryan Douglas Wehner Vieira foi preso em flagrante no dia 31 de março deste ano por se envolver em um racha na Avenida Duque de Caxias. Ele foi denunciado por suposta prática de racha, crime previsto nos artigos 121 e 129 do Código Penal e artigo 108 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB.

O jovem conduzia um veículo Citroen C3 e foi preso após envolver-se em um acidente. O acusado foi submetido a teste de bafômetro e teve a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) recolhida.

Na época, de acordo com testemunhas, Ryan disputava corrida com o VW Polo conduzido por Marcus Henrique de Abreu, de 22 anos, que acabou morrendo após o carro colidir em um poste.

A namorada de Marcus, que também estava no automóvel, Letícia Souza dos Santos, quebrou o braço esquerdo e ficou quatro dias internada. À Justiça, o rapaz disse que não fazia racha e que o acidente foi casual.

Ryan teve um pedido de liberdade provisória negado pela Justiça, assim como três habeas corpus.

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