Seis dos oito indígenas indiciados pela morte do produtor rural e policial militar aposentado Arnaldo Alves Ferreira, de 68 anos, tiveram a prisão decretada pela juíza Dileta Terezinha Thomaz, de Itaporã. O crime ocorreu em abril deste ano, numa fazenda localizada em Douradina, vizinha com uma aldeia indígena.
Na tarde desta quarta-feira o delegado Marcelo Baptistela Damasceno, responsável pelo caso, cumpriu a prisão dos indígenas, que foram encaminhados à delegacia do 1º DP de Dourados.
Dos seis que tiveram a prisão decretada somente cinco foram parar atrás das grades (três homens e duas mulheres). O foragido, segundo o delegado, estaria em Sidrolândia, participando do manifesto por reivindicação de terras.
Conforme a polícia, o produtor e PM aposentado foi agredido e mantido refém durante duas horas, antes de ser morto. O advogado dos indígenas alegou legítima defesa.
Dois dias após o crime, um indígena de 51 anos foi preso por ser o responsável da morte do fazendeiro. A juíza também determinou a permanência da prisão dele. Os demais foram indiciados por participação no crime e só tiveram a prisão decretada nesta quarta-feira.
Entenda o caso
O produtor Arnaldo Ferreira, cabo PM aposentado, era o dono de um sítio que faz divisa com a aldeia e, de acordo com delegado Marcelo Baptistela, os indígenas cortavam com frequência as cercas da propriedade, de onde usualmente o gado escapava. A polícia apurou que esta situação havia acontecido diversas vezes e que a vítima tentava dialogar com os indígenas, mas sem sucesso.
Na tarde de sexta-feira de 12 de abril, o conflito foi desencadeado. Segundo laudos de exames necroscópicos, a vítima foi agredida até a morte com golpes de facão e flecha, enquanto era mantida refém pelos indígenas. Um índio de 51 anos também ficou ferido. Os dois foram levados ao Hospital da Vida, em Dourados, onde Ferreira morreu antes mesmo de receber atendimento médico.
Após ser socorrido, o indígena foi detido suspeito de homicídio, entretanto, alegou que não participou das agressões e que apanhou dos companheiros da comunidade ao tentar defender o produtor.
fonte: Dourados Agora
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