Preso

Traficante ‘ostentador’, 'Bi' mantinha laboratório de cocaína em casa no Guanandi

Considerado ‘liderança do tráfico de drogas’ na região do Bairro Guanandi, em Campo Grande, Gilliarte Magalhães, de 32 anos, foi preso na sexta-feira (3) por equipe da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico). Além de ostentar com dinheiro, carros de luxo e cordão com mais de 50 gramas de ouro, o criminoso, conhecido como Bi, mantinha uma casa que servia exclusivamente como laboratório artesanal para a produção de droga. Junto com ele foram detidos Elias Batista Sá, de 34 anos, e Emerson Malta Ferreira, de 38 anos, identificados como comparsas de Gilliarte.

O delegado João Paulo Sartori, responsável pelo caso, explica que para fazer a droga render e assim aumentar a margem de lucro, o trio misturava cocaína, óleo de cozinha, bicarbonato, amido de milho e corante. A mistura era feita em um fogão industrial adquirido especialmente para o serviço. Ainda em estado líquido, o produto era colocado em formas de madeira para secar. Em seguida a pasta base de cocaína era fracionada e distribuída entre os pequenos traficantes. "A cocaína usada vinha da Bolívia e para dobrar a quantidade e lucrar mais eles faziam toda essa mistura", afirma.

De acordo com o delegado, o trio levantou suspeita porque grande parte das apreensões de drogas no Guanandi evidenciavam ligação dos criminosos com pequenos traficantes da região. Com isso, equipe da Denar passou a investigar os suspeitos.

Na sexta-feira (6), policiais à paisana acamparam em frente a residência apontada como ponto de preparo da droga comercializada. Assim que Gilliarte chegou ao local foi surpreendido pelos policiais que, da janela, já avistaram o criminoso com um tablete de cocaína nas mãos.

Depois de prender o traficante, os policiais continuaram na residência à espera de seus comparsas. Minutos depois Elias chegou ao local. Com ele, os policiais encontraram 1,5 kg de bicarbonato. Por último, Emerson chegou a residência trazendo cerca de R$ 9.500 e diversos frascos de corante.

Na residência usada como laboratório foram encontrados ainda 7 tabletes de cocaína, cada um pesando 1 kg. DE acordo com o delegado Sartori, cada tablete é avalido em R$ 8 mil. Na casa de Bi polícia encontrou R$ 20 mil, uma caminhonete Hilux avaliada em mais de R$ 100 mil, uma motocicleta Yamaha XT 660r, além de um Macbook.

A polícia acredita que o trio possa ser ligado a uma facção criminosa, porém não informou qual. Os três criminosos negaram a informação. Emerson e Elias negaram que tenham participação no preparo e distribuição da droga. Gilliarte não quis se manifestar.

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