Uma semana depois da Polícia Civil descobrir, em Campo Grande, um novo tipo de golpe aplicado por quadrilhas em caixas eletrônicos da cidade, dois novos casos de estelionato e furto qualificado foram registrados em caixas eletrônicos da região central na tarde desta quarta-feira (1), desafiando as autoridades.
Os casos aconteceram em uma agência da Caixa Econômica Federal da Rua 13 de Junho, ambos nesta semana. No principal deles, na última segunda-feira, um idoso de 60 anos foi abordado por um casal no instante em que iria depositar R$ 950 em sua conta.
Segundo seu relato, a vítima foi orientada por um homem a depositar o envelope com a grana em um caixa eletrônico específico. "Ele disse que os outros dois caixas do local estavam em manutenção, apesar de estarem ligados, e que somente aquele em específico funcionava", disse, em seu depoimento na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da região central.
O idoso, sem suspeitar de nada, aceitou a sugestão. Foi além, digitou sua senha na frente do autor e forneceu documentos particulares. O comprovante indicou que a operação havia sido realizada com sucesso. Mas poucas horas depois, uma mensagem de celular indicava que R$ 360 haviam sido retirados de sua conta.
Não foi o único golpe. No dia seguinte, o idoso foi comunicado pela sua gerente que o depósito estava cancelado. O envelope estava vazio. Na máquina, um outro papel dobrado tampava a entrada do caixa.
O detalhe da boca do caixa eletrônico tampada e a presença de um casal aplicando o golpe são detalhes semelhantes a de um crime descoberto no último dia 23 de janeiro, em uma agência do Santander na Vila Rica.
Na ocasião, quase R$ 10 mil foram levados por uma quadrilha com três homens e uma mulher, após violação e adulteração de um caixa eletrônico para recolhimento de envelopes de depósitos. "É um esquema novo, um tipo de furto novo", disse na ocasião o delegado Fábio Peró, do Garras (Delegacia Especializada em Roubos e Assaltos), responsável pela investigação do caso.
Na ocasião, a suspeita era de que a quadrilha tenha iniciado o crime ainda na última semana, quando colocou os envelopes enrolados na boca para impedir a entrada de dinheiro nas máquinas.
Segundo Peró, por ser algo inédito em Mato Grosso do Sul, a polícia trocaria informações com delegacias especializadas de outros estado para colher informações. Por motivo de sigilo das investigações, não é revelado se o bando já foi identificado.
A polícia diz que abriu inquérito para investigar os casos ocorridos nesta semana. E evita fazer comparações enytre os casos, apesar da semelhança do modo de atuação.
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