O distanciamento político entre PT e PMDB no plano nacional está dificultando, na prática, o fechamento de uma eventual aliança entre os dois grupos políticos adversários em Mato Grosso do Sul visando às eleições de 2014.
A leitura está sendo feita por analistas políticos a partir da mais recente declaração feita pelo governador André Puccinelli (PMDB) à imprensa nacional durante sua ida recente a Brasília. Questionado por um repórter nos corredores palacianos sobre se o PMDB de Mato Grosso do Sul estaria fechado com o projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff para 2014, André Puccinelli limitou-se a dizer “não sei”, deixando em aberta a possibilidade de cumprir a promessa de apoio a petista, como passou a defender nos últimos dias.
Diante disso, o senador Delcídio do Amaral (PT) voltou a provocar seu adversário usando o Twitter na tentativa de jogar André Puccinelli contra a presidente. “Tem gente, em MS, mais enrolada que bobina! Cada dia fala uma coisa... ("Não sei...")”, disparou, ao linkar um vídeo do Youtube no qual aparece o governador dizendo à imprensa nacional que não sabe se o PMDB de MS apoiará a petista em 2014.
Há dias, o governador fez rasgados elogios ao governo da presidente Dilma durante sua vinda a Campo Grande no dia 29 de abril para a entrega de 300 ônibus escolares aos municípios. Antes disso, porém, já havia declarado publicamente o desejo de montar um palanque para a presidente pedir votos na campanha do ano que vem, nem que fosse preciso pedir licença do PMDB na eventualidade de seu partido não apoiar a ideia.
Em Campo Grande, entre vaias e aplausos, Dilma e André fizeram um pacto pela governabilidade, insinuando uma aliança nas próximas eleições, embora não falaram em política, como muitos estavam esperando pelo fato dos últimos acontecimentos ocorridos no Estado envolvendo a paternidade na distribuição dos ônibus escolares.
Os desentendimentos envolveram o governador e o senador Delcídio do Amaral (PT), que por meio de sua página no twitter criticou o adversário de estar fazendo política com o chapéu alheio, ou seja, segurando os ônibus para fazer campanha junto aos prefeitos.
Para analistas, a aliança em nível estadual está cada vez mais distante no momento em que os principais caciques na-cionais dos dois partidos não se entendem.
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