Ano eleitoral e mesmo em meio a pandemia do coronavírus, algumas situações ligadas ao pleito começam a se alinhar. O Tribunal Superior Eleitoral, tendo em vista o momento delicado que o país enfrenta autorizou na quinta-feira (04), a realização do modelo virtual das convenções partidárias para a escolha dos candidatos nas eleições municipais de 2020. A definição parece “dividir” os partidos em Dourados.
O deputado estadual José Carlos Barbosa, o “Barbosinha”, presidente do DEM (Democratas) local, disse que a questão do modelo virtual para a convenção será debatido entre os membros do partido.
“Se a maioria entender que essa pandemia pode ocasionar algum tipo de entrave não vejo problema no modelo virtual. Afinal, já faz parte da nossa nova rotina de atuação”, apontou ao citar que é provável o evento entre os dias 30 e 5 de julho.
O nome de Barbosinha é indicado na legenda como pré-candidato a prefeitura de Dourados. Sobre o este andamento, ele apontou que o partido “trabalha nesta condição e tem buscado apoio dos colegas deputados, do governo e sobretudo da população”.
O PP (Partido Progressista) deve realizar a convenção partidária virtualmente, conforme o presidente Eudélio Almeida de Mendonça. A previsão é que a mesma aconteça no início de agosto.
A legenda tem como pré-candidato a prefeitura de Dourados, o vereador Alan Guedes e de acordo com Eudélio, isso deve ser sacramentado durante o movimento.
Diretor do PT (Partido dos Trabalhadores) e nome do partido para pré-candidato a prefeito em Dourados, João Carlos de Souza, o “professor Joca”, disse que o partido acatará o modelo virtual para a convenção partidária.
“É uma orientação do partido diante da pandemia e com a permissão do TSE será neste formato a convenção, assim como o Encontro Municipal de Tática Eleitoral e Definição de Candidaturas, no dia 06”, citou.
O partido tem feito alinhamentos com o PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) e o PCdoB (Partido Comunista do Brasil), o que conforme o professor Joca deverá ter outras definições de aliança em breve.
Na mesma linha seguirá o MDB, presidido pelo deputado estadual e também pré-candidato à prefeitura de Dourados, Renato Câmara.
"A direção local da legenda já se preparava para essa nova realidade, tanto que os pré-candidatos já vinham participando de reuniões por videoconferência e de capacitações relacionadas ao uso das novas tecnologias como forma de se fazer campanha eleitoral em tempos de pandemia", cita o parlamentar.
O primeiro módulo do curso foi realizado na semana passada e ainda serão mais quatro encontros.
Na contramão do que tem sido apontado pelos outros partidos, o presidente do PSDB, Valdenir Machado, disse que a convenção da legenda em Dourados deve ocorrer de forma presencial. Ele citou que as normas das autoridades de saúde quanto ao distanciamento social e uso de máscaras serão observadas, para um encontro de “forma legal”.
“Vamos reunir a Executiva do partido, cerca de 45 pessoas e a maior possibilidade é que a convenção seja presencial. Seguiremos todas as regras de prevenção ao coronavírus como distanciamento, máscaras, distância em fila e também não vamos nos contrapor a Justiça Eleitoral”, apontou.
Sobre o nome do pré-candidato a prefeito de Dourados, Machado ressaltou que a legenda aguarda posição do deputado estadual Marçal Filho, que já foi convidado para tal.
Decisão do TSE
Os partidos têm liberdade de estabelecer regras e escolher os procedimentos para a realização das convenções virtuais, desde que garantam ampla publicidade a todos os filiados e atendam a todas exigências da legislação eleitoral já em vigor.
O tribunal formará um grupo de trabalho para estabelecer regras de envio virtual dos resultados das convenções para a Justiça Eleitoral. Uma norma sobre o tema deve ser votada ainda neste mês, segundo o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso.
De acordo com a legislação eleitoral, as convenções, obrigatórias para a escolha dos candidatos, devem ser realizadas por todos os partidos entre 20 de julho e 5 de agosto. No mesmo julgamento desta quinta-feira (4), o TSE reafirmou que não pode alterar tais datas sem prévia autorização do Congresso.
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