fonte:Terra
A Câmara dos Deputados encerrou a sessão que votaria a Medida Provisória dos Portos (MP 595) nesta terça-feira e uma nova sessão foi convocada para 17h30 a fim de apreciar a matéria, considerada prioritária pelo governo federal.
A segunda sessão extraordinária do dia na Câmara foi encerrada pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), após uma troca de acusações entre o líder do PR, deputado Anthony Garotinho (RJ), e os líderes do PSDB, Carlos Sampaio (SP), e do DEM, Ronaldo Caiado (GO).
Em meio à troca de acusações, o deputado Toninho Pinheiro (PP-MG) subiu à frente da mesa diretora da Casa exibindo uma faixa afirmando que foram empenhados 8,3 bilhões de reais em emendas e que os recursos teriam sido retirados da saúde.
Com o tumulto, Alves decidiu encerrar a sessão e convocar uma nova, a terceira extraordinária desta terça-feira, para tentar votar a MP, que vence na quinta-feira e ainda precisa ser apreciada pelo Senado.
A presidente Dilma Rousseff tem feito apelos públicos pela aprovação da MP que ela avalia ser crucial para a competitividade do país.
Mais cedo, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, anunciou que os estivadores dos portos de Santos (SP), Paranaguá (PR) e Rio de Janeiro entraram em greve nesta tarde por conta de divergências com o texto da MP.
A informação de Paulinho foi confirmada à Reuters pelo presidente da Federação Nacional dos Estivadores, Wilton Ferreira Barreto. Segundo a administração do porto de Paranaguá, nenhuma embarcação está sendo carregada na unidade.
Em Santos, somente os carregamentos com máquinas, como o de grãos, era realizado. No Rio de Janeiro, o porto funcionava normalmente e o sindicato local informou que no porto carioca ainda não havia paralisação.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello e Jeferson Ribeiro - Terra)
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