Os deputados colocaram a reforma política como principal discussão na sessão de hoje, na Assembleia Legislativa. Eles demonstraram que temas como voto distrital, financiamento público de campanha e diminuição de partidos não se tem consenso e que cada um tem uma proposta diferente para a reforma.
O deputado estadual Pedro Kemp (PT) levou a questão à tribuna da Casa de Leis, ele defendia uma constituinte específica sobre o tema, porém se decepcionou com o recuo da presidente Dilma Rousseff (PT). “Ela deveria ter mantido a ideia, o Congresso (Nacional) já demonstrou que não consegue votar a reforma”, destacou.
O petista é favorável a diminuição de partidos, financiamento público de campanha e voto para o legislativo em dois turnos. “No primeiro (turno) se votaria apenas na legenda, depois no segundo escolheria os candidatos do partido”. Sobre o financiamento, Kemp destacou que existe muito abuso de poder econômico. “Nesta prática está à origem da corrupção, já que quem doa (recursos) depois vai cobrar participação na gestão ou no mandato do político”, apontou.
Amarildo Cruz (PT) também seguiu esta linha e destacou que aqueles que são contra o “financiamento público” são justamente os que se beneficiam do atual modelo. “Querem continuar comprando títulos de nobreza e usando o dinheiro para se eleger”, enfatizou.
Já o deputado Zé Teixeira (DEM) levantou outra questão, ele quer a diminuição de partidos, que segundo ele, são apenas de “alugueis” e aparecem somente para “lucrar”. “Temos que seguir os Estados Unidos que tem dois partidos, aqui tem mais de 30, a maioria só atrapalha”, ressaltou. Teixeira ainda criticou o surgimento de novas legendas, como a Rede da ex-ministra Marina Silva. “Será que em 32 partidos ela não se encontrou? Precisa de um novo?”, questionou.
Rinaldo Modesto (PSDB) aproveitou para defender o voto distrital, pois assim cada região teria um representante. “A maioria dos eleitores não lembra em quem votou para deputado e vereador depois de quatro meses, com este formato esta situação mudaria”.
O presidente da Assembleia, Jerson Domingos (PMDB) foi mais enfático e ressaltou que o Congresso deve entrar em acordo e estabelecer uma regra “fixa” para eleição e não deixar que a justiça eleitoral mude as regras a cada novo pleito eleitoral. "Já passou da hora da aprovação da reforma política e tributária", apontou.
fonte: Campo Grande News
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