CURIOSIDADE

Disputa pela Prefeitura de Dourados já foi decidida por 40 votos

Em 2016, Délia Razuk foi eleita por uma diferença de 3 mil votos sobre o segundo colocado, Geraldo Resende - Crédito: Divulgação Em 2016, Délia Razuk foi eleita por uma diferença de 3 mil votos sobre o segundo colocado, Geraldo Resende - Crédito: Divulgação

A disputa pelo comando da Prefeitura de Dourados já foi decidida por uma diferença de 40 votos. Isso aconteceu nas eleições municipais de 1988, ano em que Antônio Braz Genelhu Melo (então no PMDB) venceu José Elias Moreira (à época no PTB) por causa da polêmica urna 185, do Parque das Nações.

Hoje, ambos estão no mesmo grupo político. O ex-prefeito agora é vereador da base governista, de apoio à prefeita Délia Razuk (PTB), que tem o segundo colocado daquele pleito de 32 atrás como assessor especial em seu gabinete.

Délia, por sua vez, foi eleita prefeita de Dourados em 2016 por uma diferença de 3.103 votos. Então no PR, posteriormente transformado em PL, obteve 43.252 votos (39,82% do total) ante 40.149 do então deputado federal Geraldo Resende (PSDB), equivalente a 36,96%.

Todos esses números foram apurados pelo Dourados News no banco de dados consolidados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Considerando as eleições municipais a partir de 1988, ano da redemocratização do país, foi verificado que à época 67.492 eleitores estavam aptos a votar. Desse total, 59.532 foram às urnas e Braz Melo teve 23.590 votos, enquanto José Elias Moreira ficou 23.550, Laerte Tetila (PT) 3.612, e Alaercio Abrahão Santos (PSDB) 934.

No pleito seguinte, em 1992, já com 82.684 eleitores, Humberto Teixeira (PRN) foi votado por 30.243 douradenses. Antonio Luiz Nogueira (PMDB) ficou em segundo, com 27.040 eleitores votos, seguido por Egon Krakhecke (PT), 8.440.

Braz Melo e PMDB voltaram ao comando do município em 1996, com 37.797 votos ante 26.581 de José Elias Moreira, então no PTB. Lori Gressler (PPB) obteve 7.814 votos, Ribeiro Arce (PT) 4.525, Marcos Antônio dos Santos (PRONA) 345 e Helio Bernardino da Silva (PSC) 176.

A hegemonia do PT começou em 2000, quando Laerte Tetila foi escolhido por 36.045 eleitores e superou Murilo Zauith (à época no PSDB), com 31.328 votos. Aquela eleição também teve na disputa pela Prefeitura de Dourados Mordônio Alencar (PSB), votado por 11.807, e George Takimoto (PDT), por 7.280.

O petista foi reeleito em 2004 com 53.208 votos. Bela Barros (PDT) teve 42.409 e José Roberto Domingos da Costa (PRONA) 2.983.

Ari Artuzi (PDT) foi eleito em 2008 com 45.182 votos, enquanto Murilo Zauith (em passagem anterior pelo DEM, onde está atualmente) teve 39.614 e Wilson Biasotto (PT). 21.821.

Na eleição extemporânea de 2011, após a renúncia de Artuzi no dia 1º de dezembro de 2010, preso em decorrência da Operação Uragano, Murilo Zauith (DEM) foi eleito prefeito de Dourados com 70.906 votos. Superou Geraldo Sales Ferreira (PSDC), votado por 12.392 eleitores, Genival Antonio Valeretto (PMN) por 3.193, e José de Araujo Oliveira (PSOL) por 2.060.

No ano seguinte, 2012, Zauith estava no PSB quando foi reeleito, desta vez com 65.794 votos, número superior aos de Keliana Fernandes (então no PSC), 34.132, Doutor Delane (PSDC), 3.806 e Zé Roberto (PSOL), 1.659.

Na mais recente eleição municipal, em 2016, dos 152.165 eleitores aptos a votar em Dourados, 121.923 foram às urnas e 30.242 se abstiveram. Além dos 43.252 votos obtidos por Délia Razuk e 40.149 por Geraldo Resende, houve 20.708 eleitores para Renato Câmara (PMDB), 2.445 para Ênio Ribeiro (PSOL) e 2.065 para Wanderlei Carneiro (PP).

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