Svetlana acompanha de longe o medo por amigos e família que ficaram no país que invadiu a Ucrânia hoje
Os últimos dias têm sido apreensivos para russos e ucranianos. Com o início de ataques militares da Rússia à Ucrânia, cidadãos relatam o medo de quem não concorda com as decisões tomadas pelo governo Putin. “Situação que está agora é apavorante”, diz a russa Svetlana Franchuk, que mora há cinco anos em Mato Grosso do Sul.
Com o filho de 12 anos, a jovem mora em Campo Grande, onde trabalha no comércio. De longe e sem muitas informações sobre o que está acontecendo no país mais extenso do mundo, ela acompanha o cenário enfrentado no cotidiano de familiares e amigos que ficaram na Rússia. “Não tenho detalhes de nada, mas está todo mundo com medo. Estamos orando para que isso seja terminado logo”.
Na madrugada desta quinta-feira (24), o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou os ataques militares na Ucrânia. Em seu discurso, o líder político afirmou que quem tentar interferir sofrerá consequências nunca vistas.
A fala de Putin gerou grande repercussão e reprovação da ONU (Organização das Nações Unidas), que pediu para que o país recuasse, e do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que disse que aliados responderão ao ataque “injustificado”.
“Putin escolheu uma guerra que trata perdas de vidas e sofrimento”, lamentou Biden, em comunicado oficial.
A possibilidade da reação de países que se opõem à decisão de Putin gera desespero em quem pouco, ou nada, tem a ver com as escolhas políticas. “Essa guerra é do governo, o povo não quer guerra. Temos medo de incertezas no dia de amanhã”, finaliza Svetlana.
Invasão na Ucrânia – Para a população que vive em áreas separatistas do leste ucraniano, incluindo a capital, Kiev, o cenário é de guerra. Diversos mísseis foram disparados e a invasão russa ocorre por terra, ar e mar.
Segundo informações da CNN Brasil, a Usina de Chernobyl foi tomada pelas forças russas.
Primeiras consequências – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o país e seus aliados imporiam “sanções severas” como resposta aos ataques de Putin.
Na Europa, líderes da Inglaterra, Boris Johnson, França, Emmanuel Macron e presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometem duros ataques econômicos contra a Rússia.
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