Em outubro serão escolhidos novos prefeitos, vices e vereadores nos 5.568 municípios Brasil afora. Mudanças introduzidas pela Justiça Eleitoral estão impactando o “vale-tudo” pelo voto. Quem for mais organizado e tiver um bom apelo popular levará vantagem.
Sem dúvida as redes sociais estão sendo o principal instrumento deste convencimento. É visível que muitos pré-candidatos tentam enraizar seus nomes na memória do eleitor, dando visibilidade a seus projetos colocando-se sempre como a melhor opção em detrimento de seus possíveis adversários. Atualmente é permitido quase tudo na pré-campanha. A exceção é o pedido explícito de voto, o pagamento de divulgações, e falar mal de eventuais adversários.
Além das redes sociais, o pré-candidato pode ir ao rádio, TV, jornais e sites, conceder entrevistas, enaltecer-se ou ser enaltecido por terceiros, fazendo menção à pretensa candidatura, exaltando qualidades pessoais, dizendo sobre projetos que eventualmente serão desenvolvidos.
Em síntese, a pré-campanha proporciona o tempo necessário para se planejar, com a introdução de uma comunicação direta, massificando o nome do pretenso candidato.
Quatro anos atrás quando da mudança mais enfática da legislação, muitos pré-candidatos tinham receio da pré-campanha, as regras eram rigorosas. Com essa permissão da legislação, é possível ser preciso, ir direto ao eleitor, com clareza e objetividade.
A lei 9.504/97, em seu art. 36-A oportuniza a qualquer pessoa, desde que esteja em dia com suas obrigações eleitorais, a possibilidade de postular um cargo eletivo.
Atualmente o potencial financeiro não é mais tão decisivo como antes. Sem dúvida, fruto de uma legislação eleitoral que se evolui com a tecnologia, prova disso é o fim dos santinhos de papel.
Portanto, pré-candidatos, aproveitem bem esse tempo e mostrem o que querem e após as convenções partidárias (20 de julho a 15 de agosto) iniciem a campanha eleitoral, aí como candidatos, mas com um direcionameanto de campanha, tendo incutido sua mensagem ao eleitor.
Resumindo, quem se comunicar melhor agora, terá maiores e melhores chances de se eleger em outubro.
*Advogado e jornalista, especialista em Direito Eleitoral.
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