Em estado de emergência desde o dia 15 de abril por causa da alta incidência da dengue, que já matou seis pessoas neste ano, Dourados também tem casos confirmados de outras duas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. Uma pessoa contraiu Zika Vírus e 9 a Febre Chikungunya no município. Porém, nenhum desses 10 pacientes veio a óbito.

Esses dados constam nos mais recentes boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde. Sobre a dengue, até essa quarta-feira (12) são 3.266 notificações suspeitas e 1.353 confirmações na maior cidade do interior, onde seis pessoas já perderam suas em decorrência de complicações da doença. Em todo Mato Grosso do Sul esses números chegaram a 41.046 e 19.171, respectivamente, com 23 óbitos.

Sobre a Febre Chikungunya, foram computadas até quarta-feira passada 36 notificações e nove confirmações no município. Em território estadual os casos suspeitos chegam a 353 e os confirmados a 14, sem registro de mortes pela doença.

Quando ao Zika Vírus, os números obtidos até 6 de junho indicam que Dourados tem 4 notificações e uma confirmação. Em todo o Estado, onde não há qualquer registro de vítima fatal, esses dados somam 289 e 73, respectivamente.

RISCO DE SURTO

No dia 30 de abril, o Ministério da Saúde divulgou que Dourados integrava uma lista de 2.160 municípios brasileiros com alerta para o risco de surto de dengue, zika e chikungunya. A constatação foi feita após análise de dados sobre o índice de infestação do Aedes aegypti, mosquito transmissor dessas três doenças.

Conforme o primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2019, 5.214 municípios realizaram algum tipo de levantamento que classifica o risco de aumento dessas.

Desse total, 994 (20% do total) apresentaram alto índice de infestação (a partir de 4%), com risco de surto para as doenças dengue, zika e chikungunya. Dourados figura entre 2.160 municípios em alerta, com o índice de infestação predial (IIP) entre 1% a 3,9%. Outros 1.804 apresentaram índices classificados como satisfatórios, inferiores a 1%.