Saúde

Após polêmica sobre avental de plástico, manual sobre uso de EPIs é aprovado

Prefeitura informou hoje ter comprado tecido TNT de gramatura 40 para fabricação de aventais, que serão costurados por entidades parceiras

Após denúncia de aventais de plástico feita por servidor, prefeitura divulgou nova imagem de EPIs (Foto: Reprodução) Após denúncia de aventais de plástico feita por servidor, prefeitura divulgou nova imagem de EPIs (Foto: Reprodução)

A Prefeitura de Dourados anunciou que o Comitê de Gerenciamento de Crise do Coronavírus aprovou na terça-feira (2) o Plano de Contingência da Atenção Primária- Enfrentamento à Covid-19, que contém “o manual de condutas para os serviços de saúde não classificados para atendimentos de casos de Covid-19, com recomendações ainda quanto ao uso dos EPI’S (Equipamentos de Proteção Individual) pelos profissionais de saúde”.

Essa notícia foi divulgada na tarde desta quarta-feira (3) pela administração municipal, após a polêmica envolvendo foto publicada por um servidor da UPA 24 Horas (Unidade de Pronto Atendimento) nas redes sociais mostrando aventais supostamente disponibilizados pela Prefeitura de Dourados para a maioria dos profissionais, produzidos com o mesmo material usado para fazer sacos de lixo. (saiba mais)

Questionado se os EPIS são adequados para a situação retratada, o médico Frederico de Oliveira Weissinger, membro do Comitê, garantiu apenas que os capotes de plástico não foram adquiridos pela administração municipal.

“Isso foi uma doação para que se observasse se poderia ser utilizado”, afirmou, citando ainda que os protocolos são muito bem estabelecidos sobre uso de EPIs e existem situações distintas para o uso de cada profissional, dependendo da locação. Citou, como exemplo, a diferença entre quem atende em centro cirúrgico ou ambulatório.

“Os EPIs têm que ver onde foram usados. Não tenho informação de onde foi usado para afirmar se está apto ou não. Vi a foto e não consigo identificar onde estava essa pessoa. Se estivesse dentro do centro cirúrgico estaria errado”, pontuou Weissinger.

Segundo o médico, “EPI não é uma dificuldade exclusiva de Dourados, é uma dificuldade mundial”. (relembre)

Hoje, porém, a prefeitura citou afirmação de outro membro do Comitê, o médico Ricardo do Carmo Filho, segundo quem “fica aprovado fazer uma carga por uma gestão suplementar com convênio estabelecido pela Secretaria Municipal de Saúde com entidades parceiras, gerando a regularidade deste abastecimento de EPIs”.

“Além disso, foi comprado pela Secretaria Municipal de Saúde tecido tnt de gramatura 40 para fabricação de aventais para uso dos profissionais, que será costurado por entidades parceiras”, detalha a publicação de hoje da administração municipal.

Além disso, a notícia institucional informa que “uma comissão da atenção primária foi formada por enfermeiros para participar de todo o processo” e “será estruturada ainda uma equipe de fiscalização para otimizar o uso dos EPI’s durante a pandemia”.

 

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