A gravidade da pandemia em Campo Grande coloca a covid-19 entre as principais causas de morte este ano. A doença, que vitimou 129 pessoas segundo boletim mais recente da SES (Secretaria Estadual de Saúde), já matou mais que algumas das enfermidades mais letais do mundo, como câncer de pulmão, DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Dados do sistema TabNet do ministério da Saúde, que compila estatísticas para subsidiar análises e ações às secretarias municipais e estaduais de Saúde, apontam para 2.449 óbitos em Campo Grande este ano. O câncer é uma das principais causas de morte, com 492 registros.
Porém, a covid-19 já vitimou mais pessoas que qualquer tipo de neoplasia maligna. O câncer de pulmão e brônquios é o mais letal, com 74 óbitos. O de próstata provocou o falecimento de 34 pessoas, mesmo número registrado para câncer de mama.
Tumores no estômago (28 mortes) e no pâncreas (27) também causaram menos mortes que o novo coronavírus na Capital.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o AVC (Acidente Vascular Cerebral) foi a segunda maior causa de mortes em todo o planeta em 2016. Somado aos casos de cardiopatia isquêmica, que leva ao infarto, foram 15,2 milhões de óbitos naquele ano.
Os óbitos por covid-19 ainda estão atrás dos por infarto - foram 283 - em Campo Grande, mas já ultrapassaram os causados por AVC, que vitimou 80 pessoas este ano.
A DPOC foi a terceira maior causa de mortes no Mundo em 2016. Na Capital, embolia pulmonar ou outras doenças obstrutivas pulmonares crônicas mataram 84 residentes em Campo Grande, 43 vítimas a menos que o novo coronavírus.
A doença em pandemia ainda supera o total de mortes por qualquer comorbidade do sistema nervoso (99 óbitos), como Alzheimer (48) e Parkinson (11); por diabetes (53); fibrose e cirrose hepáticas (24); aneurismas (16); tuberculose (10); ou hepatites (4).
Conforme a SES, a taxa de letalidade da covid-19 em Campo Grande está em 1,3%, ou seja, pelo menos um a cada 100 infectados morre.
A Capital responde por mais de um terço (34%) dos óbitos por novo coronavírus no Estado, que somam 376.
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