O puxão de orelha diário nas lives do governo de Mato Grosso do Sul, com pedido de isolamento, não tem surtido efeito. Com a chegada do frio, dia a dia se confirma a previsão de que os números do coronavírus vão dobrar a partir de agora. De ontem para hoje, foram 156 infectados, exatamente o dobro da terça-feira.
O recorde no Estado faz a Secretaria de Saúde acionar o “sinal vermelho”, diz a secretária-adjunta Christianne Maymone. “Nem é mais o amarelo”, reforça.
Em apenas 3 dias, o Estado já soma 384 confirmações, contra 560 de toda a semana passada. Só ontem, o Lacen processou 662 testes da covid-19. De todos os exames, a taxa de positividade hoje em Mato Grosso do Sul é de 13,3%. Já a taxa de letalidade da doença por aqui continua baixa, de 1,1% (20 mortos).
O recorde desta vez vem de Fátima do Sul, com 45 testes positivos em 1 dia. Dourados também acelerou na contagem, com 39 contaminados desde ontem. Também na Região Sul, mais 15 casos foram contabilizados em Itaporã, 5 em Rio Brilhante, 3 em Mundo Novo, 2 em Ivinhema e 2 em Naviraí.
Outros 12 testes deram positivo em Corumbá, 7 em Três Lagoas, 4 em Guia Lopes da Laguna, 2 em Bonito e 2 em Chapadão do Sul. Bataguassu, Costa Rica, Coxim, Ladário, Laguna Carapã e Selvíria tiveram um caso confirmado cada.
Em Campo Grande, 12 pessoas contaminadas desde ontem fazem a Capital avançar na incidência da covid-19. Em maio, eram cerca de 19 infectados por 100 mil habitantes, agora essa taxa é de 36,7.
Mas Dourados segue na liderança no ranking estadual, responsável por 21% do total de confirmações, com 378 contaminados. A Capital aparece em segundo, com 329 testes positivos (18,3%).
O número de internados caiu de ontem para hoje, de 65 para 39. Mas dos pacientes que estão na UTI a realidade piorou: são 19 hoje, 8 dos pacientes em Campo Grande, 8 em Dourados , 1 em Três Lagoas, 1 em Corumbá e 1 em São Paulo.
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