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Conheça mitos e verdades sobre o Coronavírus

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O Ministério da Saúde confirmou o primeiro paciente com o novo coronavírus no Brasil no dia 26 de fevereiro. A comprovação da presença do vírus Covid-19 no país tem preocupado a população, que desde então, tem buscado maneiras de se proteger.  Com mais de 90 mil casos confirmados no mundo, são muitas as fake news com relato de curas e ameaças que circulam no mundo virtual. O Portal MS reuniu alguns desses mitos e verdades sobre o novo coronavírus. 

Vitamina D evita o coronavírus – Circula nas redes uma mensagem assinada por um médico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) que indica que tomar uma dose alta de vitamina D, seria um reforço na imunidade para prevenir essa doença e o poder de modular as defesas do corpo. Só que a notícia é completamente falsa. A SBI emitiu um comunicado afirmando que jamais fez tal recomendação.

Chá de erva-doce mata o vírus – Esse é um boato que circula há pelo menos dez anos, e se restringia ao vírus influenza, causador da gripe. O texto que circula no WhatsApp, recomenda tomar o chá de erva-doce para curar o coronavírus, porque a planta tem o mesmo princípio ativo do Tamiflu, remédio usado contra casos de H1N1 e outros subtipos do influenza. Porém, tal composto não existe na erva-doce.

Chá de abacate com hortelã – O Ministério da Saúde afirma que até o momento, não há nenhum medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus.

Alho, gengibre e outros fitoterápicos como forma de prevenção – Algumas correntes tem recomendado comer alho cru e tomar chá de gengibre, entre outras bebidas e alimentos, para reforçar a imunidade e matar o vírus. Comer alho ou gengibre não faz nenhum mal à saúde e até pode aliviar sintomas como coriza e irritação nas vias aéreas. Mas não são capazes de prevenir ou curar casos de coronavírus ou de qualquer outra infecção respiratória.

Lavar nariz com frequência evita o coronavírus – A higienização frequente das narinas é a melhor maneira de desentupir o nariz, além de aliviar os sintomas da rinite. Porém, os benefícios param por aí, uma vez que a higiene do local não impede que um vírus entre pela mucosa e acesse o organismo.

Comprar mercadorias da China – Ter contato com produtos chineses não representa ameaça de contágio pelo coronavírus. O Ministério da Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a comunidade médica rejeitam essa hipótese, pois apesar de o vírus sobreviver no ambiente por alguns dias, ele se torna incapaz de infectar alguém após algumas horas fora do organismo.

O clima brasileiro enfraquece o coronavírus – Devido a estudos feitos com o influenza, e que apontam maior transmissão nos meses frios e secos, há esperança que o coronavírus perca força no clima tropical do Brasil. Mas conforme estudiosos, ainda não é possível afirmar que o clima diminuirá a velocidade de transmissão, especialmente se tratando de um vírus para o qual ninguém tem imunidade ainda. Para essa questão, recomenda-se esperar que mais pesquisas sejam feitas.

O vírus atinge em sua maioria idosos: Os casos de morte pelo vírus no mundo, ocorrem com maior frequência entre pacientes idosos e portadores de doenças crônicas. A taxa geral de mortalidade é de 2,3%. Entre pacientes do grupo de risco, a essa taxa é um pouco mais alta, chegando a 14% entre pessoas com mais de 80 anos, por exemplo. Sendo assim, a ciência entende que a maioria das pessoas não idosas e saudáveis, caso sejam contaminadas não ficarão em estado grave.

Álcool em gel e higiene das mãos – A melhor medida ainda é lavar as mãos com intervalos de duas e três horas. Caso tenha frequentado ambientes com grande fluxo de pessoas, como ônibus por exemplo, a orientação é fazer a higiene das mãos o quando antes. Caso não haja uma pia com água e sabão disponíveis, o álcool em gel é um grande aliado até que seja possível lavar as mãos. O novo coronavírus, também pode ser morto por produtos de limpeza desinfetantes de fácil acesso, como água sanitária e até com a combinação de água e sabão, conforme Rosana Richtmann, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

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