DOURADOS

Dourados tem 42 casos confirmados de chikungunya em 2018

O Aedes Aegypti é o vetor para as três doenças: dengue, zika vírus e febre chikungunya O Aedes Aegypti é o vetor para as três doenças: dengue, zika vírus e febre chikungunya

O município de Dourados registrou 42 casos de de Febre do Chikungunya de janeiro até agora. A informação é do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, que ainda didivulgou nesta sexta-feira (27) números sobre casos de dengue e zika vírus.

A atenção mais redobrada, segundo a Secretaria de Saúde, é em relação às ocorrências da chikungunya. Ao todo foram 61 notificações para os 42 casos confirmados da doença em 2018, um aumento significativo, já que no ano passado eram 38 casos notificados, com 3 confirmados.

"A secretaria estuda como pode ter havido um crescimento nos casos desta doença se as outras diminuíram, sendo o mesmo mosquito transmissor. Em todo caso, todas as ações são intensas", disse o secretário Renato Vidigal por meio de sua assessoria.

"Em face disso, orientamos a população para a manutenção dos cuidados nos imóveis sob sua responsabilidade, principalmente locais de construção, onde sabidamente podem conter objetos que sirvam para acumulo de água e concomitantemente se tornem criadouros do Aedes Aegypti", sugere nota do Departamento de Vigilância em Saúde.

Como o Aedes Aegypti é o vetor para as três doenças, a Secretaria Municipal de Saúde tem empenhado ações no combate ao mosquito através do Centro de Controle de Vetores, com efetivação de bloqueio mecânico/químico em regiões prioritárias, com visitação domiciliar e eliminação de focos, aplicação de larvicidas e até a notificação de proprietários.

Em relação ao zika vírus, nenhum caso foi considerado positivo para a ocorrência este ano. Para se ter ideia, em 2016 eram 18 ocorrências da doença na cidade, número que caiu para 2 no ano passado e agora, nenhum.

Já a dengue, são 59 casos notificados e 12 casos confirmados este ano. A título de comparação, há dois anos, em 2016, eram 5351 casos notificados e 3815 confirmados. Já em 2017, uma diminuição considerável foi possível, com 176 casos notificados e 21 confirmados.

Doenças e sintomas

A Secretaria de Saúde ressalta que, apesar de ter semelhanças entre si, alguns sintomas se destacam mais do que os outros em cada uma das doenças. No caso da dengue, o paciente, na maioria das vezes apresenta febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, plaquetopenia, exantema (manchas no corpo) tardio, náuseas, vômitos, podendo evoluir para uma situação grave onde há a necessidade de internação pelo risco da febre hemorrágica da dengue, que ocorre logo após a remissão dos picos febris.

Já a zika se caracteriza por febre baixa e o exantema precoce, logo nos primeiros dois dias, podendo desaparecer em seguida. A zika na maioria das vezes tem curso rápido e grande parte dos pacientes nem apresenta sintomas, sendo a maior preocupação quando acomete gestante, principalmente nos primeiros meses de gravidez, pelo risco da ocorrência da microcefalia no feto.

No entanto, a chikungunya, apresenta quadro parecido com o da dengue, sendo a febre alta e demais sintomas, destacando-se as dores intensas nas articulações que podem durar meses ou mais de ano (Quadro 01). Essa última é preocupante, pois sabe-se que, uma vez o paciente evoluindo para a fase crônica, ele não conseguirá trabalhar, demandará por mais recursos de assistência à saúde e é sabido que pacientes como idosos e com doenças crônicas são mais suscetíveis a evoluírem para óbito.

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