Dourados chegou a 640 confirmações de dengue, conforme números consolidados nesta terça-feira (7) no informativo resumido de arboviroses do Núcleo de Vigilância Epidemiológica. O município tem 1.390 notificações e além das que testaram positivos, 452 deram negativo, enquanto outras 292 ainda aguardam resultado.

Segundo a bióloga Rosana Alexandre da Silva, coordenadora do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), mesmo diante da necessidade de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19), é preciso manter os cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

“Dengue também mata”, disse ao Dourados News nesta manhã. Houve uma morte causada pela doença em Dourados neste ano. Um homem de 61 anos que começou a sentir os sintomas em 26 de janeiro teve o óbito registrado no dia 31 daquele mesmo mês, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde.

“Mesmo que fosse uma ou duas pessoas com a doença já nos preocuparia. O que temos verificado muitas vezes é a família toda com dengue. Nesse isolamento social todo mundo tem que fazer sua parte e não esquecer de fazer as vistorias no interior do quintal. Comércio abrindo agora deve deixar um funcionário respectivo para verificar se não gerou algum foco de água que serve para proliferação do mosquito”, pontuou a coordenadora do CCZ.

Ela recomenda que quem sentir sintomas da doença deve pedir para ter o caso notificado. “Se não vira número não tem como desenvolvermos as ações com mais tempo e mais qualidade”, explicou.

De acordo com o informativo resumido de arboviroses fornecido à reportagem pelo gerente do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Devanildo de Souza Santos, outras doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti tiveram confirmações em Dourados neste ano. São 9 de zika vírus e 43 de febre chikungunya.