Um estudo publicado no The New England Journal of Medicine, na quarta-feira (17), aponta que pode haver umas relação entre os tipos sanguíneos e o agravamento do quadro de pacientes da covid-19.
De acordo com a pesquisa, as diferenças genéticas é uma possível resposta para alguns pacientes apresentarem quadros mais graves da doença e outras pessoas terem apenas sinais leves ou até não apresentarem sintomas, os chamados assintomáticos.
Segundo o estudo, o tipo sanguíneo O tem 35% menos chances de desenvolver o a covid-19 do que outros que não são desse grupo. Enquanto isso o grupo A tem um risco maior do que outros, aproximadamente 45%.
Pesquisadores analisaram o genoma de 1980 pacientes contaminadas com o novo coronavírus e outras doenças respiratórias na Itália e Espanha, epicentros da pandemia na Europa. Então, compararam o teste com o estágio da doença apresentada pelos pacientes e 2,3 mil pessoas saudáveis.
A pesquisa, liderada pela alemã Andre Franke, professora de medicina molecular na Universidade de Kiel, na Alemanha, usou o método de associação de genomas para realizar o teste e comparar mapas inteiros de DNA dos pacientes para encontrar variações que poderiam estar ligadas às diferentes reações à covid-19.
“Nós detectamos um local de suscetibilidade no cromossomo 3p21.31, gene que é ligado ao tipo sanguíneo”, explica Andre. Entretanto, o estudo não afirma diretamente que esta pode ser a única causa. Existe a possibilidade de ser uma coincidência e o sangue não ser um ponto importante para o desenvolvimento de quadros graves.
Essas variações genéticas podem estar associadas ao sistema imune da pessoa, assim deixando-a mais suscetível a onda de ocitocina, um dos efeitos inflamatório da covid-19 no corpo.
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