Apesar de soarem parecidas, a intolerância à lactose e a alergia ao leite são duas condições bem diferentes e que não podem ser confundidas. Enquanto a primeira é uma incapacidade do sistema digestivo em digerir a lactose por falta da enzima lactase, a segunda é uma reação do sistema imunológico às proteínas do leite. O tratamento é bem diferente em cada um dos casos e até mesmo as recomendações de consumo do leite e derivados não são as mesmas.
O que é intolerância à lactose?
Pessoas intolerantes à lactose têm uma deficiência na produção da lactase, uma enzima fundamental para a quebra desse açúcar presente no leite. Essa carência enzimática pode ser parcial ou total e as consequências são mais severas conforme a produção dessa enzima – quanto menos, piores são os sintomas. A carência de lactase impede que o sistema digestivo quebre a molécula de lactose (um dissacarídeo, muito grande para ser absorvido) em duas outras menores: a glicose e a galactose.
Causas da intolerância à lactose
O problema tem três causas. A primeira é uma deficiência congênita da enzima. Isso significa que a criança já nasce com ela, muitas vezes por um defeito genético que impede que seu corpo produza a lactase. Esse problema costuma já apresentar sintomas nos primeiros meses de vida.
Uma segunda possibilidade é a intolerância causada por uma diminuição na concentração da lactase, como resposta a um problema intestinal, a exemplo da diarreia persistente. O desequilíbrio no órgão acaba atrapalhando a produção da enzima, mas isso tende a voltar ao normal uma vez que o indivíduo recupere sua saúde gastrintestinal.
Há ainda uma terceira possibilidade, quando o corpo passa a produzir menores quantidades de enzima com o passar dos anos. Isso é observado em adultos que fizeram o consumo de leite e derivados durante toda a vida sem problemas, mas que passaram a apresentar sintomas depois de uma certa idade.
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