Dados do Portal da Transparência, de registros civis, mostram que aumentaram em 36% os casos de mortes por “causas respiratórias” que ocorreram dentro de casa, em Campo Grande, este ano. O levantamento é do dia 16 de março - data em que a OMS (Organização Mundial de Saúde) decretou a covid-19 como pandemia - até o dia 3 de julho.
O aumento é um comparativo com o ano passado. Em 2019, 195 pessoas faleceram dentro de casa por doenças respiratórias na Capital. Este ano, foram 267. O número corresponde a 17% do total de mortes por quadros respiratórios em Campo Grande no período.
Os novos dados reunidos e atualizados diariamente são fruto de uma parceria entre a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) e a Arpen-Brasil (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil).
Os óbitos são classificados de acordo com a doença ou acometimento que consta no registro da morte. Incluem: Síndrome respiratória aguda grave (SRAG); Pneumonia; Insuficiência respiratória; Septicemia (sepse/choque séptico) e Indeterminadas (causas mortes ligadas a doenças respiratórias).
A maioria dos casos está classificada como “demais óbitos”, quando a causa não envolve nenhuma das patologias listadas acima, como é possível observar no gráfico abaixo (em azul).
Em Mato Grosso do Sul o aumento do número de mortes de pessoas que não buscaram socorro é de 12%. No ano passado foram 814 casos r este ano já são 915, 22% do total de mortes com causa respiratória em todo o Estado no período.
Capital – O maior aumento, conforme levantou a reportagem, ocorreu na metade do mês de março, do dia 16 até o dia 31. Em 2019, nesse período, ocorreram 27 mortes em Campo Grande de pessoas que faleceram dentro de casa por causas respiratórias. Esse ano foram 54, o dobro.
A mesma tendência foi observada nas mortes em casa por doenças cardíacas, conforme mostrou o Campo Grande News.
Síndrome respiratória - Até 22 de junho deste ano, 250 pessoas morreram com SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) sem origem especificada em Mato Grosso do Sul. Àquela altura, o número de óbitos pela mesma causa provocados pela covid-19 era três vezes inferior, 75.
Os dados são do ministério da Saúde e apontam que o Estado tem mais mortes causadas por SRAG não especificadas que dez estados brasileiros, como Amapá, Rio Grande do Nortes, Espírito Santo e o vizinho Mato Grosso.
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