MS Record
Ha mais de 10 anos a microempresária, Raimunda Ferreira Lima passou mal no serviço. Achou que era pressão baixa e colocou sal na língua. O desmaio foi inevitável. Acordou na enfermaria do hospital com a pressão extremamente elevada.
“Foi quando descobri que eu era hipertensa, que eu tinha que tomar os cuidados devidos para não acontecer de novo”, diz a microempresária.
Com pais hipertensos em casa, ela cresceu em um ambiente de alimentação balanceada por isso atribui a hipertensão a um fator genético. Hoje toma dois comprimidos, busca ter uma vida mais saudável e assim vive bem.
“A hipertensão é uma doença que não tem cura, precisa controlar principalmente a alimentação, pois não adiantar tomar remédio e não cuidar da alimentação, tomo remédio controlado todos os dias e ela está normalizada”, diz Raimunda.
O problema esta no descuido. Deixar medicamentos de lado e não priorizar exercícios e alimentação é um risco a saúde. Neste ano de 2013 a hipertensão é a quinta maior causa de mortes em mato grosso do sul.
144 pessoas já morreram em decorrência dessa doença crônica - que não tem cura. Uma vez diagnosticada, o tratamento no paciente é para o resto da vida.
Na Capital do Estado, 55 pessoas hipertensas morreram pelo agravamento da doença até agora. Nos últimos dois anos, o numero de hipertensos que perderam a vida, pelo mesmo problema, apresenta um salto de 13%. Situação que se agrava, ainda mais, já que Campo Grande desponta como a Capital com o maior índice de pessoas com sobrepesos no país. Nos últimos seis anos, o índice praticamente dobrou.
Fator que favorece ao agravante de doenças cardíacas e preocupa médicos cardiologistas.
“Frituras, gorduras, fastfoods e essas coisa todas que temos acesso, por conta da melhor condição econômica do país, então o sobrepeso aumenta todo o volume circulante do organismo a gente faz que essa pressão aumente e isso decorre várias doenças que a própria hipertensão causa que é o AVC, infarto essas coisas todas”, diz o cardiologista, Eduardo Henrique Curado Elias.
O diagnóstico precoce continua sendo fator fundamental para o tratamento, mas a prevenção da doença ainda é o principal remédio.
“Hoje a medicina vem mudando um pouco, antes só tratava as doenças, hoje além de tratar trabalhamos com a promoção da saúde”, finaliza o médico.
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