Guia Lopes e Brasilândia, municípios da região sudoeste de Mato Grosso do Sul, estão no centro do alerta de incidência do novo coronavírus (covid-19) no Estado. A SES (Secretaria Estadual de Saúde) irá deslocar ambulâncias e enviar equipamentos para complementar o atendimento nas localidades.

“Nossa preocupação está se voltando para pequenos municípios”, disse o secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende, em pronunciamento nas redes sociais hoje, ao boletim da covid-19 foi divulgado.

Segundo boletim estadual Guia Lopes, a 227 quilômetros de Campo Grande, registrou 20 casos da doença, um a menos do que já consta no boletim divulgado pelo município. Brasilândia, distante 355 quilômetros, está com 11 confirmações da covid-19. “Temos que ter, de fato, essas duas cidades na nossa mira para que a doença não se alastre”, disse Resende.

Essa infecção entre municípios já aconteceu: Bonito registrou dois casos, um deles, por conta de contato com entre funcionários de frigoríficos da cidade com um de Guia Lopes.

O secretário disse que Jardim, sede da microrregião de saúde da região, irá receber veículos de transporte para agilizar eventual transferência de pacientes para o HR (Hospital Regional), unidade de referência para o tratamento da covid-19. Essa estratégia é necessária pois a região não tem leitos de UTIs para casos graves.

Também estão sendo enviados ventiladores para dar suporte a quem necessitar de ventilação mecânica e EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) complementares, além das máscaras, luvas e outros itens já enviados anteriormente.

A secretária adjunta da SES, Christianne Maymone, alertou para o aumento da incidência da doença, alta de 6,1%, justamente por conta dos casos confirmados em Brasilândia e Guia Lopes. “São dois locais extremamente importante para controle”.

Christianne disse que a coleta para exames nesses municípios está sendo ampliada para avaliar a velocidade do surto e o planejamento estratégico das medidas de vigilância e isolamento social. “Para esses municípios, fazemos um alerta a mais: mantenham-se em casa, usem máscara e continuem a lavagem das mãos e desinfecção dos ambientes, é de extrema importância”.

A secretária-adjunta lembrou que nas cidades menores é comum o hábito de passar fim de semana ou feriados em sítios ou fazendas, locomoção que deve ser evitada ao máximo. “A mobilidade urbana e rural precisam parar nesse momento”.

Outro alerta, este, feito pelo secretário, é que as pessoas repensem qualquer comemoração no Dia das Mães. “Sejam criativos”, disse.

Aldeias – a infectologista Mariana Croda, integrante do COE (Centro de Operações de Emergências-MS), disse que o trabalho de testagem da comunidade indígena, já iniciado em Dourados, será ampliado para as aldeias em Amambai, região sul do Estado.

Por enquanto, não há casos de indígenas contaminados em MS. “Temos que fazer efetivo controle interno e externo para que não haja contaminação”.