DOURADOS

Secretária suspende área verde e HV só atende trauma, urgência e emergência

Hospital da Vida agora só atende trauma, urgência e emergência - Crédito: André Bento/Dourados News Hospital da Vida agora só atende trauma, urgência e emergência - Crédito: André Bento/Dourados News

A secretária municipal de Saúde, Berenice de Oliveira Machado Souza, determinou a suspensão por tempo indeterminado da porta de atendimento da área verde da Unidade Hospital da Vida a partir do dia 1º de setembro. Anunciada desde julho, essa medida limita os serviços prestados na unidade hospitalar a “trauma, urgência e emergência de média à alta complexidade de forma regulada”.

Nomeada interventora da Funsaud (Fundação dos Serviços de Saúde de Dourados) em 13 de junho, a gestora também estabeleceu que os atendimentos de baixa à média complexidade passam a ser realizados na UPA 24 Horas (Unidade de Pronto Atendimento) e nas UBS (Unidades Básicas de Saúde) Cachoeirinha, Seleta, Vila Vargas, Maracanã e Parque II, cujo funcionamento foi estendido até às 22 horas.

No dia 22 de julho, a Prefeitura de Dourados informou que a partir de agosto o Hospital da Vida passaria a atender apenas casos de urgência e trauma. “A mudança, segundo a secretária de Saúde Berenice de Oliveira Machado se dá devido à reorganização do fluxo naquela unidade, que passa por obras de reforma e ampliação”, argumentou naquela oportunidade.

Descrito pela administração municipal como “porta de entrada do SUS (Sistema Único de Saúde)”, o Hospital da Vida é responsável por atender pacientes “não só de Dourados, mas de toda a Grande Dourados, Vale do Ivinhema, Cone Sul e região de fronteira, incluindo até pacientes do vizinho país Paraguai, que entram via municípios fronteiriços”, segundo a prefeitura.

Na segunda-feira (2), a secretária municipal de Saúde revogou a designação do médico Majid Mohamad Ghadie e nomeou Irineu Renzi Junior para a função diretor técnico do hospital, em meio à polêmica de uma investigação aberta pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) para apurar morte ocorrida durante plantão sem médico na unidade.

Colocado sob sigilo no final de agosto por determinação do promotor Etéocles Brito Mendonça Dias Junior “para fins de resguardo da intimidade e sigilo médico da vítima”, o procedimento já havia apurado, até ali, “uma sucessão de erros administrativos de grossa monta, todos contribuintes, de forma direta ou indireta, para a fatalidade”.

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