O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) já havia divulgado que a condição para garantir a compra da Fox pela Disney no Brasil era vender o canal de esportes. A casa do Mickey, dona da ESPN, não poderia absorver a Fox Sports, pois senão teria o monopólio da transmissão esportiva no País.
Agora, a Disney estabeleceu como será feita a venda e quem são os principais interessados. O prazo estipulado pelo Cade para a conclusão do acordo é março de 2020, mas a tendência é que o assunto seja resolvido até o final do ano.
A maior preocupação do Cade é garantir que a transmissão de eventos esportivos não fique concentrada em alguns canais, o que inclusive já tirou a Globo da concorrência, por já possuir os canais SportTV.
No páreo segue a Simba, criada por SBT, Rede TV! e Record quando tentaram emplacar uma outra empresa de medição de audiência no Brasil. Além da Warner e Sky – que no país fazem parte do mesmo grupo de mídia – o que pode causar outra espécie de monopólio nas transmissões. A terceira empresa que briga pela Fox Sports é a NeoTV, associação que agrega 130 empresas, entre operadoras de TV por assinatura, fabricantes e provedores de internet.
O modelo escolhido pela Disney é de leilão, mas às escuras. Isso significa que, ao invés do modelo tradicional, onde as empresas dão seu lance em cima da oferta anterior, os interessados farão a proposta num envelope que será analisado pela organização americana.
A Disney contratou ainda uma auditoria para garantir maior transparência na negociação, além de garantir que o acordo segue os termos estabelecidos pelo Cade. Também por determinação do conselho, a compra será completa – não só dos direitos de transmissão de jogos, mas de toda a estrutura, incluindo prédio e funcionários.
O processo faz parte do acordo bilionário que, no final de 2017, culminou com a compra da Fox pela Disney por U$ 71,3 bilhões.
Comentários